Fechar
GP1

Piauí

Professores da UESPI de Campo Maior realizam pesquisa em cachoeira

O trabalho enfoca organismos de pequeno porte que dependem de umidade para reprodução, cuja diversidade ainda é desconhecida no Estado.

 Os professores Hermeson Cassiano de Oliveira e Lucas Ramos Costa Lima, docentes do Curso de Biologia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus Heróis do Jenipapo, na cidade de Campo Maior, vêm desenvolvendo estudos sobre a biodiversidade em regiões de cachoeiras do Estado do Piauí. O trabalho enfoca organismos de pequeno porte que dependem de umidade para reprodução, cuja diversidade ainda é desconhecida no Estado.
Imagem: DivulgaçãoPesquisa em cachoeiras(Imagem:Divulgação)Pesquisa em cachoeiras

Os docentes, acompanhados de orientandos, estiveram no último dia 15 de maio realizando coletas na Cachoeira do Urubu-Rei, no município de Pedro II e estarão explorando outras áreas do Piauí durante todo o ano de 2015. Segundo os professores, há ainda a ideia de desenvolverem um novo projeto, em conjunto, que investigue a microfauna associada às briófitas, trabalho que seria pioneiro no Brasil. Através do conhecimento da diversidade será possível também, estimular a criação de novas Áreas de Proteção Ambiental (APA) e outras Unidades de Conservação (UC).

O professor Hermeson Cassiano é especialista em briófitas e tem percorrido áreas dos Estados do Piauí e Ceará para coleta de amostras deste grupo de plantas que é o mais antigo do planeta. Segundo o professor, as briófitas podem ser utilizadas como indicadoras de modificações ambientais, de depósitos minerais além de atuar prevenindo a erosão do solo e mantendo a umidade atmosférica em diferentes fisionomias vegetais. “O conhecimento sobre a brioflora do Estado do Piauí é ainda incipiente. Apenas um artigo científico sobre briófitas do Piauí foi publicado, no ano de 2002, portanto, há muito o que ser feito por aqui e o conhecimento sobre a diversidade desse grupo de plantas deve fornecer, entre outras coisas, dados sobre o status de conservação deste importante componente da flora da região, além de criar uma base para estudos futuros envolvendo outras linhas de pesquisa como ecologia e genética. É um vasto campo a ser explorado e já temos resultados interessantes que estão em processo de publicação”, comenta o Professor.

As atividades fazem parte do cronograma de execução do projeto Florística, Taxonomia e Ecologia de Briófitas da Região Nordeste. O projeto é coordenado pelo docente, com envolvimento de alunos do curso de Biologia de Campo Maior através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e colaboração de estudantes e pesquisadores de outras instituições nordestinas, como também do Instituto de Botânica de São Paulo.

O Professor Lucas Ramos Costa Lima, por sua vez, é taxonomista de insetos aquáticos e tem desenvolvido pesquisas com alunos do curso de Biologia de Campo Maior com o projeto: Macroinvertebrados bentônicos de águas continentais do Estado do Piauí. O projeto atualmente é desenvolvido pelo Núcleo de pesquisas em insetos aquáticos do Piauí. Segundo o Professor Lucas, a pesquisa tem como objetivo principal solidificar os estudos com insetos aquáticos de água doce no Estado, formando novos pesquisadores e possibilitando um melhor conhecimento sobre os insetos da região. Tal fato reside na carência de profissionais especializados tanto no Estado quanto na Região Nordeste. As linhas de pesquisa estão voltadas para a taxonomia, biogeografia e sistemática de insetos aquáticos. “Sabendo que esses insetos são sensíveis às alterações no ambiente aquático, o conhecimento dessa fauna poderá dar subsídios para a criação de políticas e metodologias mais eficientes como a sua utilização em projetos de monitoramento ambiental”, finaliza o docente.

Curta a página do GP1 no facebook: www.facebook.com/PortalGP1

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.