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Projeto Lagoas do Norte ajuda na drenagem e evita alagamentos no período de chuvas em Teresina

O volume acumulado das chuvas na capital nos últimos três meses foi de 902,02 milímetros, segundo a meteorologia do Piauí, o maior em oito anos.

 De acordo com dados da meteorologia do Piauí, o volume de chuvas na capital nos três primeiros meses de 2014 é o maior dos últimos oito anos. Isso, há 10 anos seria uma grande tormenta para moradores da região norte da capital, que enfrentavam problemas históricos com alagamento. No entanto, graças às diversas intervenções do Programa Lagoas do Norte hoje a realidade é outra.

O volume acumulado das chuvas na capital nos últimos três meses foi de 902,02 milímetros, segundo a meteorologia do Piauí, o maior em oito anos. Em 2013, no mesmo período, a marca foi de 482,4 milímetros, enquanto no ano anterior foi de 679,4 milímetros. Já em 2011, a marca foi de 630,2.

Moradora há pelo menos 20 anos na Vila São Francisco, uma das regiões que eram afetadas pelas chuvas, Fátima Zumbi, que é presidente do Comitê Lagoas do Norte e acompanhou as modificações na região, lembra que antes das intervenções do Projeto, as pessoas sofriam nesta época do ano.

Imagem: SeplamLagoas do Norte(Imagem:Seplam)Lagoas do Norte

“As áreas do São Joaquim, da Vila São Francisco, Matadouro, Alvorada, Olarias e Nova Brasília eram bastante afetadas pelas chuvas. Nessa época, naquele tempo, já estariam preparando as escolas para receberem desabrigados. Todo ano, as pessoas tinham que deixar suas casas por conta de alagamentos”, destaca.

Mas hoje, segundo ela, a realidade é outra. “Com a estação de bombeamento e outras ações, o problema foi resolvido. As pessoas mudaram o padrão de vida. A dificuldade foi de adaptação à nova realidade, que é muito melhor”, frisa Fátima.

De acordo com um dos arquitetos do Projeto Lagoas do Norte, Sebastião Expedito Nunes Ferraz, que acompanhou o projeto desde o início, algumas famílias residiam em locais alagadiços nas proximidades das lagoas, que enchiam com a chegada das chuvas e, todos os anos, tinham que deixar suas casas. No entanto, com ações de engenharia foi possível canalizar as águas entre as lagoas, controlando a quantidade de águas, que eram lançadas ao rio quando atingiam o limite.

Ferraz lista as ações que conseguiram melhorar a vida dos moradores da região. Para ele, uma das mais importantes foi a ampliação da estação de bombeamento de águas pluviais, aumentando a capacidade da casa de bombas, responsável por lançar aos rios Poty e Parnaíba as águas das lagoas. Além disso, ele destaca o trabalho de limpeza e interligação das lagoas, bem como a retirada de famílias de locais de grande risco. Boa parte dessas famílias foi encaminhada para o Residencial Zilda Arns.

E para garantir que ainda mais famílias sejam beneficiadas, as ações do Projeto abrangem outras regiões alagadiças, como Poty Velho e Olarias, entre outras da zona Norte. Será continuado o trabalho de urbanização das lagoas, com a limpeza das águas e das regiões que a cercam, possibilitando ainda a criação de novos espaços de lazer. “Teremos numa nova etapa a interligação das lagoas de uma forma que o nível da água seja controlado através de comportas, fazendo com que a água seja escoada sem trazer danos aos moradores”, explica Erick Amorim, coordenador do Projeto Lagoas do Norte.

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