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Rejane Dias quer melhorar os indicadores da Educação em 2016

A Secretária Rejane Dias acredita que 2016 será um ano melhor para a Educação no Piauí e já planeja várias ações.

Finalizando a série de reportagens do GP1 sobre a Educação no Piauí, a secretária de Educação Rejane Dias (PT) falou sobre os planos para 2016, com foco em melhorar os indicadores da Educação.

A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) criou o Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Piauí (SAEPI), que será iniciado em 2016, e tem como objetivo acompanhar o desempenho das escolas, através do desempenho dos alunos da rede estadual. A avaliação acontecerá ao final do primeiro e do segundo semestre letivo de cada ano. Esse acompanhamento deve ajudar a secretaria a implementar ações específicas nas escolas e assim melhorar os indicadores no Piauí.

“O Saepi vai ser implementado a partir do próximo ano. Queremos avaliar as 665 escolas a cada ano. Então a escola que tiver a melhor performance, vai ter um sistema de premiação. Vamos levar em consideração a escola que tiver os melhores indicadores no nosso sistema de avaliação e a que diminuir a evasão escolar. A escola será premiada e pode chegar a receber um 14º até a 15º salário. Estamos com uma equipe da secretaria desenhando tudo isso”, disse.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Rejane Dias(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Rejane Dias

Mediação tecnológica

A fim de atender mais municípios e mais pessoas, principalmente com o déficit de professores em algumas áreas, a tecnologia será uma das aliadas em 2016. “Vamos utilizar a mediação tecnológica no sentido de suprir a necessidade de pessoas que você não encontra nem no concurso e muito pior no teste seletivo. Manaus já faz isso com muita eficiência, né? Então vamos também trabalhar com essa outra frente. Reforço para o Enem, reforço de matemática e português utilizando a mediação tecnológica e nós queremos ampliar no sentido de chegar nos 224 municípios com esses pontos da mediação”, explicou.

Escolha de diretores

A escolha para os diretores de escola serão mais rigorosos em 2016 e depois deverá ser criado o Banco de Gestores.

“No próximo ano vamos iniciar o processo de escolha dos diretores das nossas escolas, que será feita pela Universidade Estadual, parceira nossa nesse projeto, e que vai contemplar duas modalidades de escolha. A seleção e eleição direta para diretor. Na seleção, quem quiser ser candidato vai passar por algumas etapas. Desde no sentido de apresentar um plano de gestão escolar, provas objetivas até análise de currículo e entrevistas. Passando por essa primeira etapa, ele vai para a eleição direta nas escolas. Aí vamos formar o banco de gestores e isso é muito importante, pois o MEC vai começar a certificar professores que queiram ser diretores. Até o final do ano de 2016, queremos concluir toda essa primeira etapa e a partir de 2017 já iniciar com os novos diretores”, afirmou Rejane Dias.

Investimentos nos professores

Rejane explica que também haverá investimentos nos professores. “Vamos iniciar o mestrado profissionalizante aos nossos professores da Educação Básica, que sempre foi um sonho. Aí já começamos um trato com a Universidade Estadual e vamos conversar com a Federal e o IFPI. Pois quanto mais vagas nessas universidades para mestrado profissionalizante tiver, melhor ainda. Também temos a questão da valorização, da formação continuada. O Instituto Superior de Educação Antonino Freire foi transformado no nosso grande centro de formação continuada e temos programação de cursos que vão desde o tratamento e atendimento pedagógico a pessoas com deficiência até formar os nossos professores administrativos nesse tipo de modalidade que acreditamos e queremos avançar no Piauí", explicou.

Escolas de tempo integral e profissionalizantes


Atualmente o Governo do Estado possui 665 escolas, sendo 42 em tempo integral, que devem ser ampliadas para mais 24 até 2019. Cada escola precisa de repasse mensal de R$ 11,4 mil e, em média, 26 professores, dois diretores, 3 merendeiras, 2 zeladores e 1 coordenador pedagógico.

Também há 70 escolas profissionalizantes. Mais duas devem ser abertas em 2016. Em 2019 a meta é chegar a 84 no total. “Essa é uma prioridade, aumentar o número de escolas profissionalizantes. Nós temos o Plano Nacional e o Estadual de Educação que foi aprovado e possui metas que precisamos concluir no avanço das escolas de tempo integral e nas escolas profissionalizantes”, explicou.

Ensino especial

Outro objetivo será reestruturar o Centro Integrado de Ensino Especial (CIES) e ampliar o modelo para outros municípios do Estado. Garantindo a acessibilidade em todas as escolas do Piauí, além de ampliar, reestruturar e ampliar as salas de recursos.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Secretária Rejane Dias(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Secretária Rejane Dias

Programa Canal Educação


Será levado o ensino presencial por mediação tecnológica para todos os municípios do Estado, para isso deve ser concluída a modernização do Estúdio 1, que agora conta com o auxílio de exibição de imagens em 3D e outros efeitos para apresentação das aulas.

O programa vai ampliar a atual estrutura do Mais Educação e aumentar os serviços educacionais e de comunicação interna. Para o início de 2016 está programada a inauguração do Estúdio 2, com os mesmos recursos do primeiro Estúdio, que vai permitir a ampliação da oferta de cursos e realizar aulas concomitantes de diferentes disciplinas.

A secretaria também estuda ampliar de 300 para 400 o número de salas com os equipamentos para recepção das transmissões.

Analfabetismo

Uma das metas da secretaria é erradicar o analfabetismo no Piauí em dez anos. Para ajudar nisso, em 2016 o Ministério da Educação (MEC) deve liberar R$ 24 milhões para o projeto de Educação de Jovens e Adultos (EJA), que vai dar maior segurança pra manutenção e ampliação do programa para diminuir o alto índice de analfabetismo do Piauí.

Poupança Jovem

Criado neste ano, o “Poupança Jovem” será iniciado em 2016. O programa vai dar R$ 1.500 mil para alunos de 44 municípios com pior IDH do Piauí para concluírem o ensino médio. Serão R$ 400 para o aluno que concluir o primeiro ano, R$ 500 no segundo ano e R$ 600 o último ano do ensino médio. Com isso, o governo espera diminuir a evasão escolar e que os alunos dos municípios mais pobres do Piauí possam concluir os estudos.

Ações voltadas para a gestão


O superintendente de Gestão da Seduc, Helder Jacobina, afirma que em 2016 não haverá problemas com o início do ano letivo.

“A intenção é que de 2016 em diante começaremos a desenvolver ações voltadas para a gestão, pois em 2015 tivemos que resolver problemas anteriores e resolver os atuais. No ano de 2016 vamos tratar com mudanças de indicadores. O planejamento da secretaria, através do Plano de Ação de Trabalho para 2016, ainda está sendo finalizado, mas visa por exemplo, ter o banco de gestores com os diretores, o nosso próprio sistema de avaliação para buscar melhorar os indicadores. Em 2016 vamos ter participação do grupo Falconi para melhorar a gestão e no controle de despesas e melhoria dos índices. Começar ainda o ano letivo no período certo, em 15 de fevereiro, é uma das metas”, explicou.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Superintendente de Gestão da Seduc, Helder Jacobina(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Superintendente de Gestão da Seduc, Helder Jacobina
Helder disse ainda que “o planejamento é começar 2016 com o equilíbrio que a gente não teve em 2015. Então vamos primeiro trabalhar isso, buscar uma padronização maior das escolas, a questão de infraestrutura, com novas obras. Foi aprovado recurso do Banco Mundial que vai permitir a secretaria expandir algumas ações, como mais escolas de tempo integral, escolas profissionalizantes, aumento e melhoria no sistema de internet. O nosso planejamento é que a gente seja julgado, não por esse primeiro ano turbulento, mas pelos próximos anos e que possam verificar se houve avanços ou não na educação do Piauí”, disse Helder.

Outras ações

A secretaria já estuda a implantação de outras ações como: matrícula de alunos através de um sistema online, utilização de dispositivos modernos para facilitar a administração da rede estadual de ensino, acompanhamento online das notas e frequência de alunos e professores, através do Mobieduca.Me, onde além de acompanhar a frequência dos alunos, armazena as notas e informações sobre o funcionamento e estrutura das escolas. Já está presente em 16 escolas e reduziu a evasão escolar em 76%.

Também quer fazer o gerenciamento em tempo real da internet nas escolas, georeferenciamento do transporte escolar, lotação informatizada de professores, ampliar a instalação de internet nas escolas, padronizar os muros e fachadas das unidades escolares, além da expansão da Universidade Aberta, aumentar o número de escolas climatizadas e com acesso a internet.

Nesse ano foi implantada na Unidade Escolar Dirceu Arcoverde, a escola militar do Piauí, que tem como objetivo promover o ensino regular em um regime de disciplina, com noções de cidadania e civismo. A meta é implantar nos próximos anos, mais duas em Teresina e nas maiores cidades do interior, em localidades com alto índice de criminalidade.

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