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Relator vota a favor de manter processo contra Eduardo Cunha

Os seis partidos da oposição anunciaram que tentarão impedir todas as votações enquanto Eduardo Cunha permanecer como presidente da Câmara.

Nesta terça-feira (24) seis partidos da oposição – PSOL, PSB, PSDB, DEM, PPS e Rede – anunciaram que tentarão impedir todas as votações no plenário da Câmara enquanto Eduardo Cunha (PMSB-RJ) permanecer dentro da Casa. Dos 513 deputados federais, as seis siglas somam 128 deputados.

Os líderes das legendas que pedem o afastamento de Cunha, afirmaram em uma entrevista coletiva que não vão mais participar das reuniões semanais no gabinete da presidência da Câmara onde as pautas de votações são definidas.

Às terças-feiras são realizados almoços das lideranças, mas nenhum desses seis partidos participou dos encontros. Apenas aliados do peemedebista participaram da reunião-almoço.
Imagem: Fernanda Calgaro / G1Líderes da oposição tentarão barrar votações na Câmara até que Cunha saia da presidência(Imagem:Fernanda Calgaro / G1)Líderes da oposição tentarão barrar votações na Câmara até que Cunha saia da presidência
Carlos Sampaio, líder do PSDB, afirmou que a decisão foi tomada devido às manobras feitas por aliados de Cunha para cancelar a reunião do Conselho de Ética na última quinta-feira (19).

“Ficou claro que Eduardo Cunha não mede os esforços quando o objetivo é proteger-se. Não queremos um presidente que use o seu cargo. É um comportamento mesquinho que não combina com o decoro que a Casa exige”, afirmou Sampaio.

Na semana passada, deputados aliados e oposicionistas deixaram o plenário da casa, durante uma sessão, em protesto às tentativas de aliados de Cunha de postergar o processo que investiga Eduardo Cunha por suposta quebra de decoro parlamentar.

O segundo-secretário da Casa, Felipe Bornier (PSD-RJ), que presidia a sessão, chegou a cancelar a reunião do Conselho de Ética, que havia sido realizada mais cedo a pedido de aliados de Cunha.

Os deputados ficaram chateados e esvaziaram o plenário. Diante a repercussão negativa, o presidente decidiu revogar o cancelamento da sessão.

O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), afirmou que Eduardo Cunha tem usado as prerrogativas do cargo de presidente da Casa para se proteger.

“A cena da semana passada marca, de forma negativa, a história do parlamento. Nós reagimos junto com outros parlamentares, demonstrando nossa insatisfação e revolta como o episódio e a forma como a presidência da Casa foi utilizada para impedir as investigações no Conselho de Ética”, destacou o líder do DEM.
Imagem: Divulgação Eduardo Cunha(Imagem:Divulgação )Eduardo Cunha
O presidente da Câmara minimizou nesta segunda (23) a intenção de obstrução dos partidos independentes e da oposição. “Todos eles juntos não têm número suficiente para impedir a Casa de funcionar. Não ficará paralisada”, afirmou o peemedebista.

Tempo real

O advogado que defende o presidente da Câmara, Marcelo Nobre, protestou contra o fato de o relator não ter se interessado com os argumentos da defesa e disse que Fausto Pinato (PRB-SP) pode ter “antecipado” seu voto. O advogado pediu ainda que o relator fosse substituído.

O deputado Manoel Junior negou as versões da imprensa sobre manobras para esvaziar a sessão do Conselho de Ética na semana passada, favorecendo assim Eduardo Cunha.

Fausto Pinato, relator do processo, se defendeu das acusações do advogado de defesa de Cunha e reafirmou que tem capacidade para atuar no caso. O presidente do Conselho de Ética rejeitou o pedido de suspeição contra o relator.
Imagem: ReproduçaõRelator Fausto Pinto vota a favor de manter aberto o processo contra Eduardo Cunha(Imagem:Reproduçaõ)Relator Fausto Pinto vota a favor de manter aberto o processo contra Eduardo Cunha
Os líderes partidários decidiram que as votações de hoje em Plenário só deverão começar após o término da reunião do Conselho de Ética, afirmou a Agência da Câmara, citando o líder do PSD, Rogério Rosso.

O relator Fausto Pinato (PRB-SP) votou a favor de manter aberto o processo contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha, por suposta quebra de decoro parlamentar, por haver “suporte probatório mínimo” que sustente acusação.
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