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Política

Robert Rios diz que houve contradição em votações do Senado

O deputado ainda afirmou que o impeachment vai deixar marcas no país.

“Não é motivo para ninguém se alegrar”. Foi assim que o deputado estadual Robert Rios (PTD) comentou o impeachment de Dilma Rousseff, julgado pelo Senado na tarde desta quarta-feira (31). O pedetista ainda falou sobre a manutenção dos direitos políticos da petista e sobre como a cassação influência o Governo Estadual.

Robert Rios afirmou que o impeachment vai deixar traumas no país e chamou atenção para o processo que corre no TSE contra Dilma Rousseff e Michel Temer, que caso seja julgado como procedente poderá cassar Michel Temer, que tomou posse na tarde de hoje. “Não é motivo para ninguém se alegrar, o impeachment de uma presidenta vai deixar traumas no país. Embora eu acredite que a grande questão agora é o processo que corre no Tribunal Superior Eleitoral da Dilma e também contra o Michel Temer. Se ela perder esse processo no Tribunal Superior Eleitoral então o Temer também perde a presidência”, disse.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Deputado Robert RiosDeputado Robert Rios

Manutenção dos direitos políticos

Questionado se considerou como contraditória a manutenção dos direitos políticos de Dilma, Robert foi enfático: “Absolutamente! Ali houve um erro político grave, que com certeza vai ser reparado pelo poder judiciário. O Supremo vai reparar isso daí”.

O deputado chamou atenção para o fato das duas votações terem sido autônomas e diante disso existir a possibilidade de Dilma perder os diretos políticos e não ser cassada. “Só uma justificativa para você ver o absurdo: fizeram duas votações autônomas, uma não se comunica com a outra. Na primeira votação ela sofre o impeachment e foi cassada. Na segunda votação ela não perdeu os direitos políticos. Ora, no direito brasileiro a perda dos direitos políticos é uma consequência da cassação. Agora imagine o contrário: se na primeira votação ela tivesse sido absolvida e na segunda tivesse sido condenada. Você imagina uma coisa dessas? Como é que ela foi absolvida do impeachment e foi condenada a perder os direitos políticos? Se são duas votações autônomas podiam ser resultados completamente separados”, falou.

Governo Estadual

Para Robert Rios, a cassação de Dilma pode influenciar o Governo Wellington Dias no sentido de que o governador precisará se articular mais para conseguir reuniões e recursos junto aos órgão do Governo Federal. “O governador Wellington Dias, nós sabemos, é um extraordinário articulador. Ninguém tira o poder de articulação que ele tem. Mas ele era um homem que tinha livre trânsito nos poderes federais. Ele chagava na Caixa Econômica, no Banco do Brasil, no BNDES, em qualquer ministério, na Presidência da República e agora não, agora ele tem obstáculos na frente dele. Para ter essas audiências ele vai precisar articular com o Ciro Nogueira, que hoje é grande nome do Piauí, com o deputado Heráclito Fortes, enfim, ele vai precisar se articular”, avaliou.

O deputado ainda afirmou que Wellington talvez tenha que recompor sua equipe de Governo, hoje formada basicamente por petistas. “Ele tem um governo eminentemente petista, a base do governo dele é petista, é a [Secretaria da] Fazenda, o Planejamento, Educação, Saúde... todo o governo é petista e ele vai ter que renegociar a base dele. O PMDB vai ou não para base dele? Ele vai ter que responder isso”, cobrou.

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