- Foto: Stoyan Nonov/ReutersAtletas da Rússia
Segundo a Agência Mundial Anti-Doping (Wada), a delegação russa, com a ajuda do governo de Vladimir Putin, preparou uma fraude em grande escala para ser colocada em prática na Olímpiada do Rio de Janeiro, falsificando amostras de urina e manipulando testes de doping.
De acordo com as investigações, os dados levantam dúvidas sobre mais de 50 medalhas que os atletas da Rússia conseguiram obter no Brasil durante a Rio-2016. Essas conclusões fazem parte do relatório final preparado pelo investigador Richard McLaren.
Segundo o Estadão, uma das estratégias dos russos para mascarar o uso de alguns produtos ilegais era misturá-los com álcool, café ou sal. No entanto, através de e-mails entre autoridades de alto escalão do país, os investigadores da Wada suspeitam que os cientistas já buscavam outras maneiras de ocultar as substâncias ilegais.
A troca de e-mails entre o chefe do laboratório russo, Grigory Rodchenkov, e o vice-ministro de Esportes, Alexei Velikodniy gerou uma desconfiança sobre o uso de álcool. Em um dos e-mails, Rodchenkov alerta o vice-ministro: “precisamos garantir que possamos mostrar progresso com peptídeos. De outro lado, é necessário entender que, sob as duras condições, dificilmente ir de bar em bar no Rio vai os matar (os atletas) se não estiverem com o objetivo de ser reconstruído. Mas não com a ajuda dos passaportes de esteroide”, relatou.
Em outros e-mails, o chefe do laboratório enviou a Velikodniy lista com nomes de dezenas de atletas de diferentes modalidades e a mensagem “limpeza dos estudantes, ao bar também”.
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