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Ciência e Tecnologia

São achados 40 corpos de bebês em necrotério de hospital do Rio

Quarenta corpos estavam no necrotério, alguns há mais de quatro anos.

Foram descobertos 40 corpos de bês no necrotério do Hospital Universitário Pedro Ernesto, na Vila Isabel, Zona Norte do Rio. Alguns destes bebês há mais de quatro anos. O hospital é referência em partos de alto risco no Rio.

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarDiretor de Hospital terá que se explicar sobre corpos de bebês.(Imagem:Divulgação)Diretor de Hospital terá que se explicar sobre corpos de bebês.
Os procedimentos devem mudar com uma sindicância que foi aberta pelo diretor. Por meio de exames de DNA, os corpos dos bebês serão identificados, segundo exigência do Ministério Público. Uma lista será apresentada com o nome e endereço dos pais.

“Espero esclarecer a situação de cada criança e que isso se encerre com um sepultamento digno de todos os corpos que encontramos ali”, disse a promotora Ana Cristina Huth Macedo.

O diretor se defendeu, dizendo que “está havendo um problema social, de as pessoas não buscarem os corpos dos seus filhos, que infelizmente evoluem mal e acabam falecendo”.
Segundo a promotora Ana Cristina, no necrotério da unidade foram encontrados corpos amontoados, mal armazenados. “Uma situação assim estarrecedora. É difícil até de contar o que encontramos lá”, disse a promotora.

Uma mulher, usuária de crack, que vive num prédio abandonado no Morro da Mangueira, na Zona Norte, teve um filho no local onde mora em julho de 2012. Seu bebê foi encaminhado para o hospital, a criança que nasceu prematuro, ficou na incubadora. Em agosto daquele ano, o bebê acabou morrendo no hospital.  O corpo foi levado para o necrotério, onde deveria ter ficado somente até a liberação dos documentos para o sepultamento.

A mãe da criança tinha abandonado o filho, então o hospital avisou ao Juizado da Infância e da Juventude, como determina a lei, em dezembro de 2013. O Juizado procurou o hospital para confirmar as datas e encerrar o processo, mas descobriu que o corpo do bebê ainda não havia sido enterrado.

A juíza determinou que o Ministério Público investigasse. A promotora da juventude foi até o hospital com dois peritos para saber o que tinha acontecido e descobriu os corpos de 40 bebês. Quinze bebês não tinham sequer identificação.

“A gente precisa entender porque eles estão nessa situação. Se houve falha da família, houve falha do hospital. Quando a criança é deixada no hospital e ela precisa ser sepultada, o hospital solicita a intervenção do judiciário. É muito comum isso acontecer. Aí o Juizado intervém para que o sepultamento seja feito”, explicou a promotora. Com informações do G1.

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