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Política

Senador Elmano Férrer defende prática de vaquejadas

O parlamentar chamou atenção para o prejuízo que pode ocasionar aos estados nordestinos, caso a realização de vaquejas seja proibida em todo país.

O senador piauiense Elmano Férrer (PTB), ocupou a tribuna do Senado para defender a realização de vaquejadas, nesta terça-feira (25). O tema vem sendo debatido entre parlamentares e representantes da classe desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou uma lei que regulamentava a prática no Ceará. 

Elmano contestou o argumento dos ministros de que a finalidade da prática é o sofrimento dos animais. Para ele, a prática “envolve algum risco tanto ao vaqueiro, quanto aos animais, o boi e o cavalo”. O parlamentar citou ainda outros métodos que oferecem sofrimentos aos animais, que deveriam, na visão dele, ser observados pela Justiça. “Se formos falar com toda franqueza sobre maus tratos de animais, talvez tenhamos que fechar laboratórios nacionais que usam cobaias em seus experimentos, também teremos que fechar as granjas, as fazendas de leite e corte e os abatedouros pelo país a fora, esses sim, cometem atrocidades diariamente contra animais”, argumentou. 

  • Foto: Lucas Dias/GP1Elmano FérrerElmano Férrer

A questão econômica foi outro ponto levantado pelo senador. “Vaquejadas são eventos grandiosos que movimentam a economia de todos os estados do nordeste. Segundo dados que obtive da Associação Brasileira de Vaquejada, para realização de uma única prova de vaquejada há envolvimento de aproximadamente 270 profissionais, desde veterinários, árbitros, inspetores, locutores, organização, segurança, alimentação, limpeza, apoio de gado entre outros trabalhos realizados no evento”, informou.  

O parlamentar chamou atenção para o prejuízo que pode ocasionar aos estados nordestinos, caso a realização de vaquejas seja proibida em todo país. De acordo com dados coletados por ele, anualmente são realizadas cerca de 4 mil vaquejadas no nordeste, só no Piauí são 250 por ano, gerando 6 mil empregos diretos. “Em 2015, as vaquejadas movimentaram algo em torno de 600 milhões de reais, gerando perto de 120 mil empregos diretos e 600 mil empregos indiretos. Nesses números estão incluídos os leilões e feiras agropecuárias”, informou. 

Ontem (26), vaqueiros de todo o país realizaram uma manifestação em frente a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em defesa da prática. Dezenas de cavalos foram postos em frente ao prédio, além de faixas que pediam a regularização e reconhecimento da vaquejada como prática cultural. 

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