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Piauí

Sessão homenageia Batalha do Jenipapo na Câmara dos Deputados

Participaram da sessão piauienses, maranhenses, cearenses, paraenses  radicados em Brasília.

Uma sessão solene na Câmara dos Deputados homenageou a Batalha do Jenipapo e divulgou o episódio histórico importante para consolidação da independência do Brasil. O evento, solicitado pelo deputado federal Assis Carvalho (PT/PI), aconteceu nesta terça-feira (28), em Brasília.

Participaram da sessão piauienses, maranhenses, cearenses, paraenses  radicados em Brasília, o governador do Piauí, Wellington Dias; prefeito Ribinha, de Campo Maior; os deputados Átila Lira (PSB-PI, coordenador da bancada federal do Piauí), Marcelo Castro (PMDB/PI), Erika Kokay (PT/DF), Carlos Zarattini (PT/SP), Carlos Henrique Gaguim (PTN/TO), Hildo Rocha (PMDB/MA), Aluísio Martins (PT/PI), Mainha (PP/PI), Silas Freire (PR/PI); senadores Regina Sousa (PT/PI) e Elmano Ferrer (PMDB/PI); Paulo Martins, presidente da Fundespi (Fundação de Esportes do Piauí); vereadores de Campo Maior, Fernando Miranda (PT/PI, presidente da Câmara) e Edvaldo Lima (SD/PI).

Apesar da importância do episódio para a consolidação da independência do Brasil e a preservação da unidade nacional, a Batalha do Jenipapo ficou fora dos livros de História por mais de um século. “Além de celebrar os 194 anos da Batalha do Jenipapo e reivindicar sua inclusão com destaque nos livros de História, homenageamos a coragem dos heróis e destacamos o protagonismo popular na resistência contra a exploração e a luta pela liberdade”, discursou o deputado Assis.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Assis CarvalhoAssis Carvalho

Em sua fala, Assis Carvalho destacou a importância da luta popular e fez a comparação com os dias de hoje, destacando que a mobilização do povo têm ficado de fora de grandes noticiários, assim como a Batalha do Jenipapo.

O governador Wellington Dias citou heróis como Mandu Ladino e também ressaltou a relevância da resistência do povo para conquistar direitos. “A Batalha do Jenipapo é um momento que nos inspira e nos encoraja, pois alguém teve coragem, mesmo armado só com facão e foice, de enfrentar canhões em nome da independência. Então, por que qualquer um de nós, que estamos vivos hoje, vamos ter medo de desafios?”

No evento foi apresentado um vídeo sobre a Batalha, produzido pela TV Meio Norte, e um cordel ilustrado produzido pela CCOM (Coordenadoria de Comunicação do Governo do Piauí).

No ano de 2017, celebram-se os 194 anos da luta que marcou com sangue a independência do Brasil com relação aos colonizadores portugueses. A Batalha do Jenipapo foi decisiva no processo da emancipação da Colônia brasileira, que até então estava sob domínio de Portugal, mesmo após a proclamação feita em 7 de setembro de 1822. O confronto aconteceu às margens do riacho Jenipapo, onde hoje se localiza a cidade de Campo Maior.

A História

No ano de 1823, seis meses após o grito da Independência de 7 de setembro de 1822, a Corte Portuguesa se recusava a reconhecer a independência brasileira e pretendia desmembrar as províncias do Piauí, Maranhão e parte do Ceará e o Grão-Pará, para manter o norte da ex-colônia fiel à Coroa Lusitana. O encarregado da missão era o major João José da Cunha Fidié, experiente militar que tinha atuado em guerras napoleônicas, comandante das armas em Oeiras – então capital da província do Piauí.

Entretanto, houve resistência, com o levante da Parnaíba, em 19 de outubro de 1822, para onde Fidié partiu para sufocar o movimento rebelde. Neste intervalo, foi feita a Declaração de Independência de Oeiras, em 24 de janeiro de 1823, obrigando Fidié a retornar, período em que ele foi surpreendido pelos revoltosos do Movimento de Campo Maior, liderados pelo alferes Leonardo das Dores Castelo Branco, no histórico 13 de março de 1823,

Eram cerca de duas mil pessoas, entre piauienses e cearenses, sem nenhum treinamento militar. Lavradores, pescadores, vaqueiros, escravos, sertanejos, aliados a militares da tropa nacional, que foram massacrados no confronto desigual - com velhas espadas, facas, pedras e paus contra canhões e armas. Centenas foram mortos e os demais foram presos.

Apesar do massacre, a Batalha enfraqueceu e impôs baixas ao exército de Fidié, além de ter inspirado e encorajado outros movimentos. Durante a retirada das tropas da Coroa, um destacamento de soldados da cidade de Sobral (Ceará) atacou e tomou parte das armas do exército de Fidié. Em julho de 1823, Fidié e suas tropas foram cercados por piauienses, maranhenses e cearenses e forçados à rendição. Foi quando se consolidou a Independência do Brasil.

Novos eventos

Durante a sessão, o deputado Assis anunciou mais solenidades para destacar o protagonismo de províncias do norte nas lutas pela Independência do Brasil. Está marcada para 9 de maio a sessão sobre os 300 anos de Oeiras, que serão completados este ano. E no dia 17 de outubro deverá acontecer a sessão sobre o Dia do Piauí, quando será destacada a história do Levante da Parnaíba, a participação de Piracuruca e a Declaração da Independência de Oeiras, que precederam a Batalha do Jenipapo.

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