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Piauí

Sindicato divulga nota de repúdio e critica declarações de delegados sobre o caso Fernanda Lages

Na nota, o Sindjor afirma que a atitude dos delegados são uma forma de censurar o trabalho da imprensa

A diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Piauí (Sindjor/PI) divulgou nota de repúdio às declarações DOS delegados da Comissão de Investigação do Crime Organizado e do delegado James Guerra contra os jornalistas que fizeram a cobertura do caso Fernanda Lages.

Na nota, o Sindjor afirma que a atitude dos delegados são uma forma de censurar o trabalho da imprensa e que os profissionais não inventaram ou criaram nada do que foi divulgado em torno do Caso Fernanda Lajes.

Confira a nota na íntegra:

A diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Piauí vem a público manifestar o mais veemente repúdio às ameaças feitas pelos delegados da Comissão de Investigação do Crime Organizado e pelo delegado geral James Guerra contra os jornalistas que fizeram a cobertura do Caso Fernanda Lajes, em especial ao jornalista Arimatéia Azevedo, do Portalaz e jornal O DIA, o que configura uma clara tentativa de intimidar e silenciar a imprensa.

Os jornalistas nada mais fizeram que cumprir a obrigação de manter a opinião pública informada sobre as investigações realizadas inicialmente pela Polícia Civil e, depois, pela Polícia Federal, com o acompanhamento do Ministério Público Estadual. Os profissionais de imprensa não inventaram ou criaram nada do que foi divulgado em torno do Caso Fernanda Lajes. O noticiário em torno desse lamentável episódio, que comoveu a sociedade piauiense, foi baseado em informações vazadas de dentro do Sistema de Segurança do Estado.

O próprio delegado geral James Guerra deixou claro isso quando disse, em entrevista a um canal de televisão, que foi um policial civil aposentado que passou para os policiais da Cico a informação de que o engenheiro responsável pela obra, com o corpo todo arranhado, teria viajado de avião para Fortaleza. Essa informação vazou e a partir daí surgiu o nome do principal suspeito. Como se vê, não foi um factoide criado pela imprensa. Querer culpar os jornalistas nesse caso equivale a fugir de suas próprias responsabilidades.

Ao invés de desencadear uma caça às bruxas, os senhores delegados da Cico e o delegado geral James Guerra deveriam seguir o exemplo do Secretário de Segurança do Estado, deputado Robert Rios Magalhães, que manifestou publicamente o seu respeito pelo trabalho da imprensa, destacando que não vê motivos para se ameaçar jornalistas com processo.

O Sindjor-PI comunicará à Federação Nacional de Jornalistas mais essa tentativa de amordaçar a imprensa piauiense pela via judicial, o que revela um ranço autoritário, infelizmente, ainda presente em pleno regime democrático, ao tempo em que coloca a sua Assessoria Jurídica à disposição dos jornalistas ameaçados pela intolerância e a arrogância daqueles que se julgam intocáveis.

José Olímpio Leite de Castro
Presidente


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