O ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, autorizou a quebra do sigilo telefônico do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nas investigações da Lava Jato. O ministro também rejeitou o afastamento do segredo telefônico do senador Edison Lobão (PMDB- MA). As quebras dos sigilos dos parlamentares foram requeridas pela defesa de Cunha na ação penal que o deputado é acusado de receber US$ 5 milhões em propina de contratos da Petrobras.
Imagem: Maria Lima / AgênciaEduardo Cunha
De acordo com a Folha de São Paulo, o período do afastamento de sigilo será referente ao dia 18 de setembro de 2011, no período entre 19 e 21 horas. A defensa tenta buscar dados sobre a localização de Cunha na época, com a intenção de desconstruir a tese de que Cunha pressionou o empresário Júlio Camargo a retomar o pagamento de propina pelo negócio.
O ministro afirma que não há base para quebra de sigilo do senador. “Não se verifica situação de imprescindibilidade do afastamento de sigilo de terceiro, senador da República, que não é investigado nesta ação penal”.
Zavasck afirmou ainda que a ausência de dados de Cunha não exclui a existência dos fatos descritos na denúncia. Em seu acordo de delação premiada, Camargo contou que deputados aliados de Cunha apresentaram requerimentos em comissões da Câmara pedindo informações a autoridades sobre a empresa Mitsui, prestadora de serviços da Petrobras e com quem Camargo mantinha negócios.
Mais conteúdo sobre:
Ver todos os comentários | 0 |