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Teresina - Piauí

Trabalhadores da Almaviva fazem manifestação após demissão em massa

De acordo com Marcos Antônio, diretor de relações sindicais do Sintel, a manifestação é referente a prática abusiva que a empresa faz para com os seus trabalhadores no ato da demissão.

Lucas Dias/GP1 1 / 7 Sede da AlmavivA no bairro Dirceu Sede da AlmavivA no bairro Dirceu
Lucas Dias/GP1 2 / 7 Trabalhadores e ex-trabalhadores da AlvavivA se manifestam em frente a empresa Trabalhadores e ex-trabalhadores da AlvavivA se manifestam em frente a empresa
Lucas Dias/GP1 3 / 7 Alguns trabalhadores paralisaram as atividades Alguns trabalhadores paralisaram as atividades
Lucas Dias/GP1 4 / 7 Sintel esteve no local defendendo o direito dos trabalhadores Sintel esteve no local defendendo o direito dos trabalhadores
Lucas Dias/GP1 5 / 7 Marcos Antônio, diretor de relações sindicais do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Piauí Marcos Antônio, diretor de relações sindicais do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Piauí
Lucas Dias/GP1 6 / 7 Trabalhadores denunciam prática abusa da empresa no ato de demissão Trabalhadores denunciam prática abusa da empresa no ato de demissão
Lucas Dias/GP1 7 / 7 Manifestações acontecem nas sedes da empresa no bairro Dirceu e São Pedro Manifestações acontecem nas sedes da empresa no bairro Dirceu e São Pedro

Pelo menos 200 trabalhadores da empresa de telemarketing Almaviva do Brasil estão realizando na manhã desta sexta-feira (13), manifestação nas sedes da empresa, nos bairros Dirceu e São Pedro, zonas sudeste e sul de Teresina.

De acordo com Marcos Antônio, diretor de relações sindicais do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Piauí (Sintel), a manifestação é referente a prática abusiva que a empresa faz para com os seus trabalhadores no ato da demissão, principalmente na demissão por justa causa.

“A empresa simplesmente homologa uma demissão sumária. Ela não dá o direito de defesa do trabalhador e trata ele como um bandido, utilizando as vezes o segurança e a força da empresa. O trabalhador é levado para uma sala e é coagido. A prática da empresa, independente da demissão por justa causa ou não chega a 30 ou 40 demissões por dia, ou seja, demissão em massa”, afirmou.

Segundo Marcos, a empresa usa como argumento, alguns erros de ligação. “O trabalhador atende em média 100 ligações por dia e, se você for analisar uma média de 10 a 15% das ligações que caem por dia, no mês isso dá em torno de 500 a mil ligações e a empresa alega que não foi culpa deles, simplesmente, foi o sistema não conseguiu absorver”, disse.

Otoniel, ex-funcionário da empresa, alega que se sentiu lesado no momento da demissão. “Eu trabalhei na empresa durante dois anos e sete meses. Fui demitido no último dia 04 de outubro. No meu caso, eu acho injusto o fato de que eles pegaram uma ligação do dia 21 de agosto e somente três meses depois eles alegaram a justa causa, sendo que no ato eles não me deram oportunidade de me defender. Estou me sentindo lesado, de mãos atadas. Por isso já abri um processo contra a empresa e quero que a justiça seja feita”, frisou.

A Sindel oferece, por meio da nossa assessoria jurídica, a defesa dessas pessoas que foram demitidas. “Vamos ingressar com um processo judicial, para tentar verificar se o processo de demissão por justa causa foi realmente correto e as pessoas que ganharem o processo serão reintegradas ou a rescisão direta, que é o pagamento de multa por parte da empresa”, ressaltou Marcos.

O diretor disse ainda que está havendo uma negociação com a empresa para a suspensão das demissões em massa. “Mediante ofício, os gestores da AlmavivA se comprometeram já algum tempo, a suspender as demissões por justa causa até a próxima negociação, que vai acontecer dia 26. No entanto, os trabalhadores estão se manifestando devido ao longo assédio que está acontecendo ao longo dos meses”, completou.

Outro lado

A equipe de reportagem procurou por responsáveis da AlmavivA, mas ninguém quis se pronunciar sobre o caso. O GP1 continua aberto para quaisquer esclarecimentos.

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