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Piauí

Uespi é a única do Nordeste a participar de expedição à Antártica

Para ser selecionado, o projeto realizado por Hermeson foi submetido e aprovado pelo CNPq sob coordenação do professor Paulo Câmara, da Universidade de Brasília.

Planejada desde o início do ano, a expedição ao Continente Antártico, que ocorrerá em fevereiro de 2015, terá a participação do professor doutor Hermeson Cassiano de Oliveira, do curso de Biologia da Universidade Estadual do Piauí, Campus Heróis do Jenipapo, de Campo Maior. Ele já participou do Treinamento Pré-Antártico (TPA), realizado pela Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro.

Para o professor, ser selecionado para o projeto é positivo não só para Hermeson, mas também para a Uespi, única universidade do Nordeste envolvida no projeto da expedição. A viagem deverá gerar publicações em periódicos nacionais e internacionais, participação em eventos científicos e repercussões que irão dar grande projeção para Uespi.

“Participar de uma grande pesquisa como esta é um fator bastante relevante quando submetermos um projeto de curso de pós-graduação em ciências biológicas no futuro, por exemplo. Além disso, o intercâmbio com outras instituições abre portas para novas parcerias que envolverão não só docentes, mas também nossos estudantes, possibilitando um horizonte mais amplo em sua formação acadêmica. Pretendo realizar um evento exclusivo sobre as pesquisas na Antártida, aqui na Uespi, no ano que vem e já conto com o apoio de pesquisadores envolvidos no projeto para virem ministrar palestras aqui, incluindo o coordenador do projeto, professor Paulo Câmara, da UnB. Já teremos resultados para mostrar à comunidade acadêmica”, relata.

Hermeson afirma que a expedição permite um estreitamento de laços fundamentais para o crescimento das Instituições de Ensino Superior de nosso país. O Brasil está em vias de iniciar a construção da nova Estação Brasileira na Antártida.

O professor relata que por ano, apenas 300 brasileiros participam de expedições científicas ao continente Antártico, incluindo cientistas, alpinistas e demais profissionais envolvidos na logística da viagem, que tem suporte da Marinha do Brasil. “Portanto, diante desses números, podemos visualizar o quão seletos são os grupos que conseguem desenvolver pesquisa científica na Antártida”, disse. O docente acrescenta que os projetos desenvolvidos são os mais variados, incluindo trabalhos na área de oceanografia, botânica, paleontologia, arqueologia, geologia, entre outros.

Para ser selecionado, o projeto realizado por Hermeson foi submetido e aprovado pelo CNPq sob coordenação do professor Paulo Câmara, da Universidade de Brasília. “Dois grupos de pesquisadores brasileiros participaram da elaboração, um para estudo dos líquens e outro para as briófitas, grupo de plantas pesquisado por mim. Como somos poucos especialistas nesta área no Brasil, é imprescindível que colaboremos em projetos de grande porte como este”, diz.

O projeto de pesquisa feito por Hermeson foi submetido e aprovado no fim do ano passado. O cronograma tem início em outubro e duração de três anos, com expedições previstas até 2017. “Somos 16 pesquisadores envolvidos, incluindo professores, alunos de graduação, mestrado e doutorado”, comenta.

Professor fez treinamento no Rio de Janeiro


Segundo o professor, o treinamento consistiu em uma rígida rotina durante 7 dias que envolveu atividades físicas, palestras, técnicas de sobrevivência no gelo, primeiros-socorros e treinamentos específicos para situações de perigo. “A aprovação neste treinamento é obrigatória para os cientistas que pretendem ir à Antártida, já que é fundamental ter uma ideia do que é trabalhar em um dos locais mais isolados do mundo.

Ao final do treinamento, os participantes aprovados recebem uma carteira de habilitação, que tem validade de 5 anos e que obrigatoriamente deverá ser apresentada à Marinha no ato do embarque para a expedição”, explica.

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