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Teresina - Piauí

Valdeci Cavalcante se inspirou no pai para escrever livro

Valdeci afirmou que a principal inspiração para escrever o livro foi o seu pai, que lhe passou diversos ensinamentos e mostrou a importância da consciência para o ser humano.

Em entrevista ao GP1, o advogado e empresário Valdeci Cavalcante falou sobre o seu livro “A Lei Divina e a Consciência” que foi lançado recentemente no Piauí. Ele explica que o objetivo principal é passar mensagem sobre a necessidade de elevar a consciência humana, de abandonar o egoísmo e o individualismo para se dedicar mais à sociedade.

Valdeci afirmou que a principal inspiração para escrever o livro foi o seu pai, Gerardo Cavalcante, que lhe passou diversos ensinamentos e mostrou a importância da consciência para o ser humano e como ela deve ser usada de forma correta. Emocionado, ele contou um pouco sobre a sua história e como esse assunto afetou a sua vida.

 “Há muitos anos eu tinha vontade de escrever esse livro. Todo o processo durou seis meses. Aprendi muitas coisas com meu pai. Ele era comerciante e eu via ele praticando o ato de negócio e a gente ia aprendendo. O meu avô era pastor da Igreja Batista em Parnaíba, inclusive ele foi o fundador da igreja em 1955, e a minha mãe era católica fervorosa devota de padre Cícero e São Francisco do Canindé, então tínhamos uma cultura muito religiosa dentro de casa, mas o meu pai acreditava mesmo era na consciência humana. Ele dizia que tinha a bíblia dos protestantes, dos católicos, o alcorão, o talmude, que é o livro do judeus, temos muitas leis sagradas, mas lei divina só tinha uma, que é a consciência humana, pois um homem sem consciência não é uma criatura humana. Então ele sempre botava isso acima de tudo, que a consciência é o tribunal divino da criatura humana, que a pessoa que tinha consciência precisa de mais nada, nem de religião. Então ele me criou com isso”, disse.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Valdeci Cavalcante se emociona ao falar do seu livroValdeci Cavalcante se emociona ao falar do pai

Valdeci afirmou que um evento específico da sua infância fez ele vê a importância da consciência. “Todas as adversidades que apareciam na vida do meu pai, causada por uma pessoa, em vez dele reclamar, brigar ou até entrar na justiça, ele me dizia que eu tinha que ter paciência, pois Deus iria tocar na consciência dessa pessoa. Então ele sempre dizia isso e eu via aquilo e ficava impaciente com ele, mas teve uma vez que eu fiquei extasiado com um exemplo que ocorreu. Antigamente quando um pai de família morria, como era o comerciante ali da periferia [de Parnaíba], meu pai fornecia muitas coisas para algumas família, enquanto elas aguardavam chegar a pensão. Teve um caso interessante da dona Flora, que seu marido Vicente faleceu, e ela continuou indo na nossa mercearia, pois estava a oito meses sem receber, porque naquele tempo demorava muito sair a pensão. Quando ela finalmente recebeu [o dinheiro], não foi pagar o papai. E ele ficou preocupado, e mandou que eu fosse lá.

Peguei a  bicicleta e fui. Quando cheguei lá, ela me disse que não estava devendo nada e eu questionei porque ela estava dizendo isso. Aí ela disse que o advogado falou que conta, só se for em cheque duplicado ou promissória e como não assinou nada disso, não estava devendo nada. Aí eu sai de lá indignado e cheguei em casa chorando, pois sabia que o papai precisava desse dinheiro. Aí papai sorriu, passou a mão na minha cabeça e disse que Deus iria tocar a consciência da dona Flora e que ela iria lhe pagar.

Eu dormia em um quartinho no depósito da padaria e quando foi por volta da meia noite, eu acordei com uma pessoa chorando na calçada. Quando abri a porta era a dona Flora. Ela tinha andado seis quilômetros a pé e chegou lá com a bolsa cheia de dinheiro. Para o papai e mamãe ela pediu perdão e disse que o advogado conseguiu enganar ela, mas não a sua consciência. Aquilo ficou pra mim. Meu pai olhou para mim e sorriu. Então eu fiquei impressionado com isso, desde então, tudo que eu pegava sobre consciência, eu lia”, contou.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Valdeci Cavalcante fala sobre o livro A Lei Divina e a Consciência Valdeci Cavalcante fala sobre o livro A Lei Divina e a Consciência

Valdeci explicou após a morte do seu pai ele acabou recebendo um presente, que mostrou para ele que tudo que seu pai havia lhe ensinado era verdade. “Eu fui a Belém do Pará quando era governador do Lions. Meu pai tinha morrido, mas como tinha esse compromisso, eu não podia faltar. Três dias após a morte do meu pai, eu fui para o Pará sem falar nada pra ninguém, eu estava transtornado. No intervalo do evento, uma senhora chegou e disse que eu estava muito amarrado, estressado, que já tinha visto palestra minha e perguntou o que estava acontecendo. Eu falei que não tinha nada, então ela pediu pra mim ficar tranquilo e disse para eu me soltar, pois meu pai sempre estaria comigo. Ela ainda disse que tinha um presente pra mim, quando abri, vi que era O livro dos Espíritos, de Alan Kardec. Então como não estava a fim de jantar e nem de festa, eu fui para o hotel e comecei a ler esse livro. Sofri assim uma mudança muito grande com essa leitura. Então passei a ler muito sobre espiritismo e fui vendo que tudo que meu pai disse era verdade”, revelou.

Para Valdeci, o livro de Kardec foi mais um sinal positivo sobre tudo que tinha aprendido sobre a consciência humana e foi quando ele decidiu escrever o livro. “Na obra, Kardec consegue se comunicar com as entidades mais elevadas e aí ele pergunta para elas, onde está escrita a lei de Deus e essas entidades respondem que é na consciência humana, pois o homem é a obra prima de Deus. Aí foi quando eu vi que era por ali que eu iria começar a escrever”, disse.

O empresário então decidiu fazer um livro falando um pouco sobre a religião e a ciência. “No começo fazemos uma pequena introdução sobre as religiões monoteístas, e outras religiões que apesar de não terem textos sagrados, têm muita filosofia e doutrina, como o Hinduísmo e Budismo e as religiões egípcias. Depois buscamos mostrar a consciência humana em face da ciência. Humberto Maturana estabeleceu que a consciência humana está distribuída em cinco níveis. A criatura humana pode nascer pronta, com um nível elevadíssimo ou nascer com uma consciência raquítica, mas ela pode ir crescendo e mudando o nível de consciência”, explicou.

Valdeci Cavalcante afirmou é importante evoluir a sua consciência e que a pessoa só chega ao último patamar quando esquece o individualismo em prol da sociedade. “Eu cito aqui um exemplo, um homem que curou milhões ou talvez bilhões de vidas e não cobrou um centavo por isso. Louis Pasteur foi o maior cientista que a história conheceu, passou 40 anos mergulhado em um escritório, para descobrir que todas as doenças se originavam de germes, micróbios. Isso teve um impacto muito grande. Também cito a Madre Teresa de Calcutá que já nasceu no quinto nível de consciência. Temos também a Irmã Dulce, Mandela, Albert Einstein,  entre outros. São figuras dessa natureza que eu quero mostrar, que você pode viver uma vida simples e plena, que pode fazer o bem aos outros. Estamos querendo convidar as pessoas a elevar a consciência humana, o objetivo é esse, que  saiam do seu individualismo, do seu egoísmo, essa é a nossa mensagem”, destacou.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Valdeci Cavalcante apresenta seu livro, A Lei Divina e sua ConsciênciaValdeci Cavalcante apresenta seu livro, A Lei Divina e sua Consciência

A publicação está sendo vendida na “Entre Livro” no valor de R$ 30 e todo o dinheiro será encaminhado para o Lions Clube e a Maçonaria para que eles sejam revertidos para a realização de obras sociais dessas entidades.

O escritor deverá lançar ainda no próximo ano, outro livro, dessa vez sobre o Sistema S, que é formado pelo Senai, Sesc, Sesi, Senac, Sest, Senar e Sescoop. “O próximo livro, será sobre o sistema S, pois ninguém sabe o que é, o que faz, qual a legislação. Então estou escrevendo com meu livro caçula, pois tenho 46 anos nesse sistema e acho que posso explicar um pouco como ele funciona, sobre a sua legislação”, finalizou.

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