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Vereador Paulo Roberto declara que projeto de lei que institui o voto distrital "é um retrocesso"

"Eu sou contra. Eu acredito que é um retrocesso. Nesse caso eu, por exemplo, seria candidato da zona Sudeste de Teresina. Não entendo porque precisa ser por região", indagou.

O vereador Paulo Roberto da Iluminação (PTB) criticou decisão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal que aprovou na última quarta-feira (22), projeto de lei que institui o voto distrital para eleições de vereadores em municípios com mais de 200 mil habitantes.

O sistema de votos distritais divide a cidade em distritos e elege o candidato mais votado em cada um desses distritos. De acordo com o projeto, a divisão do município em distritos será feita pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE). Segundo o vereador, essa decisão é um retrocesso para o Brasil.
Imagem: ReproduçãoVereador Paulo Roberto(Imagem:Reprodução)Vereador Paulo Roberto
“Eu sou contra. Eu acredito que é um retrocesso. Nesse caso eu, por exemplo, seria candidato da zona Sudeste de Teresina. Não entendo porque precisa ser por região. Teresina teria que ser dividida em 29 distritos e em cada distrito tem que ser eleito um vereador. Só que quando somos eleitos, é para ser vereador de Teresina e não apenas só de uma zona, só de uma região. Por isso não concordo. Cada vereador vai acabar trabalhando só para aquela área. Por isso que todos os vereadores de Teresina aprovaram uma moção de repúdio contra essa decisão”, disse Paulo Roberto.

O vereador disse acreditar que esse tipo de voto poderá deixar alguns vereadores com mais vantagens do que outros. “Acho que isso vai criar uma vantagem, pois tem distritos que vão ter áreas maiores e outros que vão ter áreas menores. Podendo ainda sofrer interferência do executivo, que pode priorizar obras para determinado distrito, favorecendo o representante daquela área. É uma situação que vai prejudicar e só vai favorecer também quem tem mais condições financeiras”, disse.

Para valer para as eleições de 2016, o projeto deve se aprovado e sancionado até setembro deste ano. O vereador disse não acreditar que isso irá acontecer. “Não acredito nessa possibilidade. Os deputados não vão votar em algo que pode prejudicar o sistema eleitoral e a eles próprios. Até porque se isso for aprovado, logo depois deverá ser estendido para os deputados e senadores”, finalizou o vereador.

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