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Política

Wellington Dias comenta prisão preventiva de Eduardo Cunha

"Receio de uma política que se ache normal primeiro prender para depois fazer a investigação, o que para a democracia é muito perigoso", declarou.

A prisão preventiva do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), divide opiniões dos políticos de todo o país, tanto os aliados, como os de oposição. Questionado sobre isso, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou ter "receio de uma política que se ache normal primeiro prender para depois fazer a investigação, o que para a democracia é muito perigoso".

Wellington Dias ressaltou que, segundo a Constituição Brasileira, uma prisão só deveria acontecer em duas circustâncias. “Às vezes parece que quando falo isso é como se fosse uma defesa de pessoas do meu partido ou de outros partidos que estão politicamente mais próximos, mas eu acho que o Brasil precisa ter sempre um zelo pela Constituição, que diz que ninguém pode ser condenado enquanto uma ação não transitar em julgado e, somente deve ser preso antecipadamente, em situações que levam risco de vidas, como um matador que sai por aí atirando e para evitar que outras pessoas sejam mortas, se prende preventivamente enquanto se dá o processo de julgamento, ou quando alguém é um risco para impedir as investigações”, declarou.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Governador Wellington DiasGovernador Wellington Dias

O governador acrescentou que, o que parece, nesse caso, é que o juiz demonstrou que Cunha era um risco, mas é preciso que o Supremo diga se isso está comprovado ou não. “O que eu defendo vale para quem é político ou não, do setor público ou privado, rico ou pobre, enfim, eu acho que há necessidade do cumprimento da legalidade. O Supremo agora vai dizer se o juiz teve razão e se ele [Cunha] estava ameaçando obstruir o processo. Se for comprovado, foi correto a prisão, mas se não, foi ilegal”, finalizou.

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