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Política

Wellington Dias critica PEC 241 e defende autonomia dos estados

"É preciso cuidado, para que os pobres não paguem a conta enquanto os mais ricos lucram”, declarou.

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), se pronunciou, nesta quinta-feira (27), a respeito da PEC 241, novo regime fiscal que estabelece um teto para os gastos públicos por vinte anos, aprovada em segundo turno na Câmara dos deputados em Brasília, na última terça-feira (25).

Para o chefe do executivo estadual, a proposta também será aprovada no Senado Federal. “Já era prevista essa aprovação na Câmara, também avalio que será aprovado no Senado, não só porque o governo tem maioria. O problema é que aquilo que estão vendendo não vai acontecer, ela [PEC], de um lado faz um controle de uma parte dos gastos, mas aquele gasto principal para a União, que é a dívida pública, ficou de fora. Acho que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está certa ao avaliar que é preciso cuidado, para que os pobres não paguem a conta enquanto os mais ricos lucram”, declarou.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Wellington DiasWellington Dias

Wellington Dias reforçou as críticas e colocou que não é contrário à medida por se tratar de uma proposta do Governo Temer. “A união tem receita de 880 bilhões e uma dívida que consome 500 bilhões, ou seja, cerca de 60% dessa receita, esse é problema que ninguém quer olhar. Quando limito a folha de pagamento, os investimentos na saúde e na educação e não limito juros com a dívida pública, não está correto, e essa minha posição é a mesma tanto quando era a presidenta Dilma quanto agora, com o presidente Michel Temer”, afirmou.

Wellington contou ainda que ele e alguns governadores defendem outra proposta para alcançar o equilíbrio nas contas públicas. “Se o Brasil não trouxer a responsabilidade do controle da dívida para o governante, sempre vai faltar dinheiro para investimento, e o  objetivo do país é ampliar investimento, então a proposta que nós defendemos, não só eu, mas vários governadores, é de limitar todas as despesas, mas dar um prazo de 15 anos para se ajustar, com o objetivo de ampliar investimento, e deixar que cada estado se organize livremente, sem impor que todo mundo congele ou corte gastos em determinados setores”, pontuou.

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