Fechar
GP1

Piauí

Wellington Dias pede 14 bilhões de reais ao Governo Federal

Entretanto a solicitação poderá atender apenas ao equivalente a 50% desse valor.

O governador Wellington Dias afirmou que pediu cerca de 14 bilhões de reais ao Governo Federal, referente a compensação que o Piauí poderá ter, caso aconteça no Senado Federal a aprovação do alongamento das dívidas dos Estados, ao qual, o gestor já havia declarado anteriormente defender esse entendimento, apostando que a economia estadual poderá crescer e, consequentemente, produzirá renda e geração de emprego.

Porém, o valor pedido ainda é incerto. Wellington Dias justifica que: “isso depende do valor que for acertado para o Brasil. A regra é o fundo de participação. O pedido que fizemos era de 14 bilhões. O Governo disse que poderia estudar o equivalente a 50%, em torno de sete bilhões, mas eu prefiro aguardar o Governo definir para que a gente possa trabalhar com esse recurso. É importantíssimo para garantir que não haja prejuízo nos serviços e garantir também que a gente tenha capacidade de investimentos para gerar emprego”.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Wellington DiasWellington Dias

Reunião com Michel Temer


Na terça-feira (16), Wellington Dias esteve reunido com o presidente interino Michel Temer e governadores dos Estados do Nordeste, Norte e Centro-Oeste, em Brasília-DF. A pauta da reunião continua sendo o acordo que define o alongamento das dívidas dos Estados com a União.

O Piauí, assim como outras unidades federativas com débito zero ou baixo, não seria diretamente beneficiado na proposta atual, por isso, alternativas foram apresentadas a fim de beneficiar todos os Estados. Wellington Dias tem recebido o apoio de outros governadores, em virtude da proposta que tem como objetivo evitar que estas regiões sofram algo semelhante ao que ocorre no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, unidades federativas em graves dificuldades financeiras.

Segundo o governador do Piauí, os Estados das três regiões e o Distrito Federal, juntos, são responsáveis apenas pelo total de 9% da dívida de todos os entes federativos para com a União e possuem 40% da população brasileira. Três pontos principais são descritos em documento elaborado sob coordenação de Wellington Dias e com assinatura dos representantes dos estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste: ajuda emergencial no valor de R$ 7 bilhões, não reembolsáveis, na proporção do Fundo de Participação dos Estados; destinação de 2% do Fundo de Participação da União para os Estados, sendo 1% em 2017 e dois pontos percentuais a partir de 2018; ampliação do limite para operações de crédito.

“Treze Estados firmaram o compromisso em defesa do pacto federativo. Acertamos essa agenda com o presidente e apresentamos o documento com as propostas do auxílio emergencial no valor de R$ 7 bilhões, a liberação do teto para contrato de empréstimos externos, para que os estados possam investir em infraestrutura, com o objetivo de gerar emprego e renda, os 2% do Fundo de Participação [da União] de forma definitiva para os Estados e ainda a liberação dos restos a pagar do Fundo de Compensação de Exportação, que irá atender diretamente os Estados do Centro-Oeste”, declarou Wellington Dias.

O governador disse que a reunião com o presidente interino foi positiva. “Ele disse que compreende a situação dos Estados e vai atender [as reivindicações]. Precisa apenas de um tempo para concluir e ver as fontes que irão permitir essas condições. Reconhece a emergência no Rio de Janeiro por conta das Olimpíadas, e também que por conta da seca, é preciso atender de forma emergencial as outras regiões, além do esforço para geração de emprego e renda e crescimento da economia. Saí da reunião convencido que, no prazo de duas semanas, que é o período que a proposta chega ao Senado, vinda da Câmara, o Piauí e as outras regiões serão atendidas”, finalizou o chefe do executivo estadual.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.