Fechar
GP1

Política

Wellington diz que Piauí não está livre de uma crise como a do RS

"Nós estamos torcendo para que o Brasil possa retomar o crescimento, não podemos imaginar que somos uma ilha dentro do Brasil."

O Rio Grande do Sul está passando por uma grave crise financeira que obrigou o Estado a tentar pagar o último salário do funcionalismo em três parcelas, fato que gerou greves e protestos que obrigaram o governador Ivo Sartori (PMDB) a recuar da decisão, levando a União a bloquear as contas do Estado. A estimativa é de que o Rio Grande do Sul terminará o ano de 2015 com um rombo nos cofres de R$ 5,4 bilhões, somente no mês passado a dívida do Estado chegou a R$ 61 bilhões.

A crise no Rio Grande do Sul é oriunda de 37 anos de gastos superiores à arrecadação e foi potencializada pela atual crise que o Brasil enfrenta.

No Piauí, o governador Wellington Dias já afirmou que, desde que assumiu o cargo, os esforços da gestão estão voltados para manter a folha de pagamentos dos servidores em dia, para isso já houve cortes de despesas em secretarias e as despesas oriundas da gestão passada, que não foram empenhadas, não estão sendo pagas.
Imagem: Lucas Dias/GP1Wellington Dias(Imagem:Lucas Dias/GP1)Wellington Dias
Apesar destas medidas, o governador Wellington Dias afirmou, em entrevista ao GP1, nesta segunda-feira (24), que o Piauí não está totalmente livre de enfrentar uma situação parecida com a do Rio Grande do Sul e ressaltou as medidas que tem tomado para evitar essa situação.

“Nós estamos torcendo para que o Brasil possa retomar o crescimento, não podemos imaginar que somos uma ilha dentro do Brasil. Há um esforço na contenção de gastos, eu posso dizer até apertando inclusive o custeio e até mesmo investimentos, especialmente em julho, agosto e setembro. Nós estamos buscando alternativas para focar principalmente em honrar o pagamento de salários e ter pelo menos a contrapartida desses investimentos que temos em parcerias com a União, contratos de empréstimos e a relação também com os municípios”, destacou.

Dentre as saídas para evitar que o que ocorre no Rio Grande do Sul venha a ocorrer no Piauí, o governador destacou a necessidade da aprovação, pela Assembleia Legislativa, da lei que regulamenta a regularização fundiária das terras do Piauí, além da lei dos depósitos judiciais, que consistem em pagamentos feitos em juízo até a conclusão de disputas judiciais.

“Estive com o presidente do Tribunal de Justiça e com a Assembleia Legislativa tratando da necessidade da aprovação da lei que regulamenta a regularização fundiária do Piauí que é importante para ter crédito para o Estado e da a lei que trata de depósitos judiciais que também viabiliza crédito para o Estado, tudo isso sendo concretizado nos dá a segurança de enfrentar a crise e manter as condições de honrar nossos compromissos, especialmente com os servidores”, pontuou.
Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.