Nesta segunda-feira (19), o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Paulo de Tarso, falou em entrevista ao GP1, sobre a falta de recursos para fazer as melhorias necessárias na BR-135, que em apenas seis dias registrou 15 mortes.
Paulo falou da burocracia de conseguir recursos. “Nós temos conhecimento da situação, tanto que já elaboramos o projeto para tentar resolver o problema, o DNIT tem um plano aprovado de ampliação da rodovia, ao longo de 350 km. É uma obra no valor médio de 350 milhões de reais, mas a dificuldade é a busca por esses recursos. No ano de 2017, a emenda de toda bancada federal do Piauí, é de R$ 224 milhões”, contou.
Ela disse ainda que já existe um projeto de manutenção da via. “O que está sendo feito naquela rodovia é um programa chamado “Crema”, mas esse projeto cuida apenas da recuperação da pista. Foi enviado para Brasília um anexo desse projeto solicitando o melhoramento desses acostamentos, mas os recursos foram negados”, explicou Paulo.
O superintendente disse que uma obra desse porte leva pelo menos dois anos. “Não tem como fazer uma obra emergencial de 350 km de estrada, isso é coisa para no mínimo dois anos, já os trechos mais preocupantes, é possível realizar, desde que tenha recursos específicos para isso”, concluiu Paulo de Tarso.
O último acidente com mortos na rodovia BR-135, conhecida como “Estrada da morte”, aconteceu nesse sábado (17), quando um ônibus de turismo tombou próximo à cidade de Redenção do Gurgueia, deixando nove pessoas mortas e várias feridas.
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