Na madrugada dessa sexta-feira (25), por volta de 12h, uma tartaruga marinha precisou de ajuda para retornar ao mar após realizar uma desova na Praia Peito de Moça, em Luís Correia. O animal é da espécie tartaruga-de-pente que está em extinção.
A Werlanne Magalhães, coordenadora do Projeto Rotas da Conservação do Instituto Tartarugas do Delta, relatou que a ONG faz um monitoramento nas praias piauienses, já que as tartarugas podem ficar encalhadas ao realizarem a desova. “Ontem subiram três tartarugas para desovar, essa tartaruga é uma das que subiram e teve dificuldade de retornar. Junto com uma pessoa da comunidade, que avistou e participou do processo, esperamos a tartaruga se recompor porque ela ficou muito tempo rodando na praia”, afirmou.
- Foto: Divulgação/ Tartarugas do DeltaA tartaruga não conseguiu retornar para o mar sozinha e contou com a ajuda da ONG Tartarugas do Delta
A tartaruga pesava cerca de 80kg e contou com a ajuda do Instituto e o apoio Companhia Independente de Policiamento Turístico (CIPTUR) para retornar ao mar. “Ela teve dificuldade, isso é o comportamento de uma fêmea que pode estar nos primeiros estágios de desova, ela não é uma fêmea experiente. Quando ela faz todo esse processo fisiológico, ela descansa e a gente consegue com a lanterna ajudar ela a voltar para um mar. Então ela é um animal atraído pela luz e a gente tenta fazer um processo para ajudá-la a retornar”, explicou.
- Foto: Divulgação/ CIPTURO animal é da espécie em extinção tartaruga-de-pente
A coordenadora ainda faz um apelo para a comunidade, pois o uso de refletores pode desorientar as tartarugas. “A gente pede as pessoas e aos empreendimentos para não colocar luz voltadas para o mar porque isso atrapalha as fêmeas. A gente tem alguns casos de alguns bares na Praia do Coqueiro que acendem muitas luzes e pode causar desorientação para as tartarugas. As pessoas podem colocar as luzes desde de que sejam com a iluminaria voltada para baixo, não precisa deixar o refletor para o mar”, relatou Welanne.
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