Fechar
GP1

Teresina - Piauí

Promotor denuncia 11 membros do PCC presos em operação do DRACO

Denuncia foi apresentada pelo promotor de Justiça Marcelo de Jesus Monteiro Araújo no dia 6 de abril.

O Ministério Público do Piauí, por meio do promotor de Justiça Marcelo de Jesus Monteiro Araújo, ofertou denúncia contra onze membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Teresina, pelo crime de organização criminosa. A investigação por parte do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) apontou que os integrantes da facção faziam parte de um núcleo do PCC envolvido em diversas práticas criminosas na zona leste da capital, incluindo assassinatos de rivais, tráfico de drogas e posse/porte irregular de arma de fogo. A denúncia foi apresentada no último dia 6 de abril deste ano.

Os denunciados são: Bruno de Sousa Sampaio, Romalio Ricardo da Silva, Marcos Antonio dos Santos Aguiar, Luiz David de Sousa Meneses, Talisson Lucas Cardoso da Silva, Airton dos Santos Araujo Filho, Ícaro da Silva Santos, Matheus Wagner dos Santos Lima, Witallo Regis da Silva Machado, Marcos Antonio dos Santos Aguiar e João Pedro Coelho de Sousa. Todos foram alvos da operação DRACO 89, deflagrada em janeiro deste ano.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1PCC
PCC

Indiciados pelo DRACO

O indiciamento da Polícia Civil do Piauí ocorreu no dia 26 de março, quando o DRACO apresentou a conclusão do inquérito policial ao Ministério Público. As investigações que resultaram no indiciamento tiveram início no segundo semestre de 2023, após a apreensão do celular de Karion Cristiano de Macedo Pedrosa, conhecido como “Kairon do Grau”, que foi preso em março daquele ano. A partir das conversas de WhatsApp extraídas desse aparelho, a polícia identificou um núcleo do PCC envolvido em diversas práticas criminosas na zona leste da capital, incluindo assassinatos de rivais, tráfico de drogas e posse/porte irregular de arma de fogo.

Grupos de WhatsApp

Segundo o relatório do inquérito assinado pelo delegado Eduardo Aquino, por meio do celular de “Kairon do Grau” e de outros aparelhos foi possível descobrir diversos grupos de WhatsApp, um deles intitulado “Reggae Madre Teresa”, onde os membros do PCC articulavam uma vingança contra rivais envolvidos no assassinato de Francisco Rafael Marques Miranda, vulgo “Mago de aço”. O crime aconteceu em um baile de reggae na Vila Madre Teresa, região do bairro Piçarreira, zona leste de Teresina.

Além disso, há outros grupos voltados para os “disciplinas”, que são os criminosos responsáveis pela fiscalização do cumprimento das “regras” da facção. Para fazer referência ao PCC, alguns termos são utilizados: 1533, tudo 3, o símbolo da mão com a numérica 3 e de yin-yang.

“A interação nos grupos, principalmente através de chamadas de áudios ou vídeos, ocorre com o fito, além de tratar de assuntos referentes à ORCRIM [organização criminosa], de realizar o planejamento de práticas delituosas e de estratégias para que se esquivem da justiça ou de facções rivais”, diz trecho do relatório policial.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.