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Política

Justiça bloqueia mais de R$ 475 mil do PP e mais 11 políticos

O juiz determinou a indisponibilidade de bens do PP no valor de R$ 9,88 milhões.

Nesta sexta-feira (07), o juiz Friedmann Anderson Wendpap, da 1ª Vara Federal de Curitiba determinou o bloqueio dos bens do Partido Progressista (PP) e de mais 11 pessoas ligadas à legenda. A decisão faz parte de uma ação de improbidade movida pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da operação Lava Jato.

O juiz determinou a indisponibilidade de bens do PP no valor de R$ 9,88 milhões, e de mais 11 pessoas ligadas ao partido, entre deputados, ex-deputados e um ex-assessor do PP. O valor total bloqueado chega a mais de R$ 475 milhões.

O Ministério Público Federal no Paraná ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa, no último dia 22 de março, contra o Partido Progressista (PP), os ex-deputados federais Pedro Corrêa (PP-PE), Pedro Henry (PP-MT), João Pizzolatti (PP-SC) e Mário Negromonte (PP-BA), os deputados federais Nelson Meurer (PP-PR), Mário Negromonte Júnior (PP-BA), Arthur Lira (PP-AL), Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Faria (PP-MG), Roberto Britto (PP-BA), além de João Genu, ex-assessor parlamentar do falecido deputado federal José Janene.

De acordo com o Extra, o ex-ministro das Cidades e ex-deputado federal Mario Negromonte (PP-BA) foi o político ligado ao PP que teve o maior valor bloqueado pelo juiz, R$ 166,9 milhões.

Porém, juiz não determinou que os acusados pagassem por dano moral coletivo e que tivessem cassadas suas aposentadorias, como o Ministério Público havia pedido, por entender que a via escolhida pelos procuradores realizarem esses pedidos foi inadequada.

A ação de improbidade movida contra o PP na Lava Jato foi a primeira do tipo feita pela força-tarefa da operação contra um partido político. Além do PP, os partidos PT e PMDB também já foram apontados pelos investigadores como destinatários de recursos ilícitos do esquema de corrupção na Petrobras.

Para o Estadão, o advogado Marlus Arns, que defende João Cláudio Genu, disse que "o pedido de bloqueio do Ministério Público em relação a João Cláudio Genu foi inicialmente de R$ 1,8 bilhão. O juiz limitou a indisponibilidade em R$ 12,8 milhões. Quando o cliente for notificado, apresentaremos defesa preliminar comprovando inclusive que João Cláudio Genu é parte ilegítima da ação, devendo ser excluído da mesma”.

Já o advogado Michel Saliba que defende João Pizzolatti, Nelson Meurer e Roberto Britto afirmou que “as partes aguardarão as notificações pessoais e apresentarão, tempestivamente, as defesas prévias, oportunidade em que se manifestarão nos autos sobre o conteúdo da decisão, bem como sobre a petição inicial”.

Veja o valor que foi bloqueado de cada político

* Pedro da Silva Correa de Oliveira Andrade Neto no valor de R$ 46.800.000,00 (quarenta e seis milhões oitocentos mil reais);

* Pedro Henry Neto no valor de R$ 800.000,00

* João Alberto Pizzolatti Junior no valor de R$ 124.055.758,32

* Mario Silvio Mendes Negromonte no valor de R$ 166.921.262,16

* Mario Silvio Mendes Negromonte Junior no valor de R$ 2.733.000,00

* Nelson Muerer no valor de R$ 78.800.000,00

* João Claudio de Carvalho Genu no valor de R$ 12.800.000,00

* José Otávio Germano no valor de R$ 10.040.000,00

* Luiz Fernando Ramos Faria no valor de R$ 8.160.000,00

* Roberto Pereira Brito no valor de R$ 8.160.000,00

* Arthur Cesar Pereira de Lira no valor de R$ 7.767.776,96

* Partido Progressista no valor de R$ 9.880.000,00

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