Santos é punido com perda de mando em oito jogos e portões fechados

O Santos sofreu uma dura punição no julgamento realizado nesta sexta-feira (7), no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Devido as bombas atiradas a campo antes do término do clássico diante do Corinthians, na Vila Belmiro, o clube foi condenado a perda de mando de campo e portões fechados por oito confrontos no Campeonato Brasileiro. O clube também foi multado em R$ 80 mil.

Antes, o Santos já havia recebido uma punição de 30 dias com portões fechados para jogos em casa. A medida adotada naquele momento pelo STJD incluiu as categorias de base e o futebol feminino. No entendimento do pleno, o Alvinegro Praiano já cumpriu um jogo de suspensão, quando foi derrotado pelo Flamengo, por 3 a 2, na Vila Belmiro, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro.

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Foto: Reprodução/Twitter

Em crise há três anos por má administração a torcida do Santos jogou bombas no confronto diante do Corinthians

A pena aplicada ao Santos, porém, passou por uma revisão. Antes, os procuradores Vanderson Maçullo e Alessandra Paiva haviam pedido que o clube fosse condenado apenas com portões fechados e em seis partidas, mas sem a perda de mando. A intenção era que a torcida fosse punida, não o clube. Esta também havia sido a determinação de Otacílio Soares de Araújo Neto, presidente da 5ª Comissão Disciplinar do STJD.

Porém, uma intervenção do advogado Marcelo Mendes, ali representando o Santos, contestava a maioria do pleno e pedia a correção da contagem dos votos, que deveria punir o clube em apenas seis jogos com portões fechados, além da multa. Não houve entendimento e, para formar uma nova maioria, o presidente da 5ª Comissão Disciplinar optou por seguir o voto do relator na íntegra.

A perda de mando assim, faz com que o clube precise jogar a 150 km de distância de sua sede. O Santos, que deve recorrer da decisão, precisaria sair da grande São Paulo para jogar os seus próximos oito compromissos no Campeonato Brasileiro. O Santos foi indiciado com base nos parágrafos I e II do artigo 213 do Codigo Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir”:

I – desordens em sua praça de desporto;

II – lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo.