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Campo Maior - Piauí

Polícia Civil indicia oito faccionados do PCC em Campo Maior

O inquérito policial foi concluído na sexta-feira (17) pelo delegado Carlos Alberto Jorge Júnior.

A Polícia Civil do Piauí, através do delegado Carlos Alberto Jorge Júnior, indiciou oito membros da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) por promover ou constituir organização criminosa. O inquérito foi concluído na sexta-feira (17).

Foram indiciados Aristone Ferreira Rodrigues, Francisco das Chagas Silva Moura, Leonardo de Paulo Januário da Paz, Francisco Erdesson Pereira Rodrigues, Leonardo Pereira da Silva, Paulo Henrique Oliveira Cordeiro, Márcio Vinícius de Sousa Silva, e Francisco Wellington Costa Luna.

Conforme as investigações, no celular de Leonardo de Jesus Rocha foram encontrados no aplicativo de mensagens WhatsApp grupos intitulados “Grupo Regional PCC Campo Maior” e “Grupo Quadro Disciplina” que têm por principal objetivo o planejamento de crimes em geral como, por exemplo: roubos, furtos, tráfico de drogas e homicídios.

Nesses grupos, segundo o relatório final, os participantes dialogam também sobre obtenção de armamentos e toda a movimentação dos criminosos envolvidos na organização criminosa.

Foram observadas ainda mensagens de texto e áudio, onde os integrantes fazem referência a facções, disputa de território, comércio de armas e entorpecentes, bem como falam sobre atentar contra a vida de possíveis rivais e de como deveriam estar agindo dentro da cidade.

A equipe de investigação, munida do relatório de informações produzidas pelo Núcleo de Inteligência, identificou os seguintes integrantes da organização criminosa:

- Leonardo Pereira da Silva (PH3/Pardim), que atualmente encontra-se recluso no Sistema Penitenciário do Maranhão era quem estava utilizando o terminal telefônico investigado nas datas especificadas na extração, que se encontrava no nome de Alexandre Vasconcelos da Silva.

Leonardo e Alexandre estiveram presos na Penitenciária Prof. José Ribamar Leite, antiga Casa de Custódia, durante aproximadamente nove meses. Foi apurado que eles têm o costume de trocarem dados para cadastrarem terminais telefônicos e possivelmente Leonardo Pereira da Silva colheu os dados de Alexandre Vasconcelos da Silva, cadastrou o terminal em questão e passou a utilizá-lo nas atividades ilícitas nas quais se envolveu;

- Paulo Henrique Oliveira Cordeiro (Paulo Cocal) já esteve preso entre 2020 e 2021 por conta de mandado de prisão expedido em seu desfavor devido a prática do crime de tráfico de drogas. Além disso, segundo levantamento de informações, ele está expandindo seus territórios destinados ao tráfico na região de Cocal de Telha;

- Francisco Wellington Costa Luna (Nando/Pitanga) possui procedimento do ano de 2021, em que figura como suposto autor do crime de tráfico de drogas juntamente com o nacional Francisco Gilmar dos Santos Silva (vulgarmente conhecido como malukin, também participante dos grupos de whatsapp alvos da extração);

- Leonardo de Paulo Januário da Paz (Leo Urso) é integrante do PCC em Campo Maior, possui procedimento em seu desfavor por porte ilegal de arma de fogo e já sofreu tentativa de homicídio em que apontou Antônio Francisco Bento Araújo da Silva, conhecido como Galope, que é inimigo declarado de todos os integrantes do PCC.

No grupo de WhatsApp do PCC, Leo Urso descreve detalhes a tentativa de homicídio que sofreu. Ele apontou que tudo ocorreu por estar comercializando as drogas de Maldoso – Carlos Vinícius Alves Resende – no bairro Cariri que Galope considerava como seu reduto de comercialização de drogas;

- Francisco Erdesson Pereira Rodrigues (sombra) também é integrante do PCC em Campo Maior e faz parte do quadro de disciplina, já foi preso em flagrante por tráfico de drogas durante cumprimento de mandado em seu desfavor.

“Percebe-se que o indivíduo em tela apresenta um comportamento incompatível com o tolerável para o bom convívio em sociedade”, ressaltou o delegado no relatório final;

- Francisco das Chagas Silva Moura (neguim ou Niguim CM) é integrante do PCC e faz parte do quadro de disciplina do grupo Regional PCC Campo Maior, função que é exercida por personagens mais hostis da organização criminosa, conforme a investigação.

No grupo, eles planejam homicídios, roubos, furtos, resolvem problemas relativos à atividade de traficância, conversam sobre armamentos etc. Inclusive, segundo relatório de informação do núcleo de inteligência desta instituição, Francisco das Chagas prestou contas do homicídio de Osório Moreira Silva, Vulgo Dedé (desafeto do PCC) em Cocal de Telha na data de 17/07/2023 inclusive manda relatório no grupo sobre o ocorrido.

- Aristone Ferreira Rodrigues não participa dos grupos, mas, conforme a investigação, apareceu em conversas privadas com Leonardo de Jesus, o Leo Jaba, sobre a prática de crimes.

Consta que eles conversaram sobre armamentos, inclusive, contatando armeiro para arrumar armas de fogo, se mostrando ainda participativo nas questões de tráfico da organização criminosa visto que sabe quando chega a carga de drogas da organização e informa para que os outros integrantes fiquem sabendo que o carregamento chegou. Além disso, ainda é um dos responsáveis por conseguir compradores para os produtos das empreitadas criminosas (furtos/roubos) dos demais envolvidos no grupo;

- Márcio Vinícius de Sousa Silva (Pimpolho) é um indivíduo contumaz no crime, de acordo com o relatório policial, já possuindo procedimentos por tráfico e furto. Além disso, sofreu em 2023 uma tentativa de homicídio por conta de seu envolvimento com o PCC, tendo recebido mais de oito disparos realizados por dois homens encapuzados na porta de sua residência.

Prisão preventiva

Ao final do inquérito, além de indiciar os acusados, o delegado requereu a conversão da prisão temporária deles em preventiva.

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