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Polícia

PMs presos na Operação Interditados serão alvos de processo administrativo

Os policiais são acusados de acessar sistemas para realizar consultas de IMEIs e cobrar R$ 10 a R$ 20.

O comandante da Polícia Militar do Piauí, coronel Scheiwann Lopes, afirmou nesta segunda-feira (13) que os policiais militares presos durante Operação Interditados serão alvos de processo administrativo disciplinar para decidir que punição eles receberão.

“A nossa legislação é muito completa, é muito forte, muito dura, então eles irão responder com o devido processo legal, com o contraditório e a ampla defesa. O processo vai correr e ao final será aplicada a sanção que for pertinente aos crimes que eles cometeram”, explicou o coronel.

Foto: Lucas Dias/GP1Coronel Scheiwann Lopes
Coronel Scheiwann Lopes

Ainda conforme o comandante, tal conduta dos policiais é inadmissível por parte de quem deveria combater a criminalidade. “A nossa posição é de combate porque a lei é para todos, sobretudo para aqueles que têm a missão de preservar a lei e representar a lei. É inadmissível que nós tenhamos integrantes das funções de segurança envolvidos com criminalidade, ao contrário, nós estamos combatendo a criminalidade todo dia”, declarou Scheiwann Lopes.

“Então, a posição do comando é que não compactuamos com esse tipo de coisa, e se precisar iremos cortar na própria carne, como já estamos cortando. Eles foram presos hoje e vão responder por isso”, pontuou o comandante.

Entenda o caso

Dois soldados da Polícia Militar do Piauí identificados como Francisco de Assis da Silva Filho e Handel Pontes Veloso foram presos, nesta segunda-feira (13), durante operação coordenada pela Superintendência de Operações Integradas (SOI).

Francisco de Assis da Silva Filho foi preso em virtude de mandado de prisão temporária e ainda em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e Handel Pontes Veloso foi preso preventivamente. Ele estava de serviço, no momento da prisão, e é apontado como líder do esquema.

Foto: Reprodução/InstagramHandel Pontes Veloso
Handel Pontes Veloso

Os policiais são acusados de acessar sistemas para realizar consultas de IMEIs, e cobrar indevidamente aos lojistas o valor de R$ 10,00 a R$ 20,00 por cada consulta.

Segundo as investigações, os policiais recebiam vantagem econômica para fornecer informações sobre registros em plataforma, a qual tinham acesso em razão do ofício desempenhado, para verificar a situação de aparelhos celulares, conduta esta diametralmente oposta àquela esperada dos agentes de segurança, pois, ao invés de agirem no combate à criminalidade, envolveram-se em atividades criminosas e acobertaram ações ilícitas.

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