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Colunista Herbert Sousa (in memory)
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Bolsonaro quer esquerdista na PGR para proteger o filho Flávio?


  • Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoJair Bolsonaro Jair Bolsonaro

Aliados de Jair Bolsonaro que apoiam Augusto Aras dão como certa a indicação dele para ser o sucessor de Raquel Dodge na Procuradoria-Geral da República. O site O ANTAGONISTA vem publicando vários posts sobre a conduta do subprocurador da República Augusto Aras, veja:

Filhos de Bolsonaro conversam com candidato a PGR

Flávio e Eduardo Bolsonaro conversaram há pouco mais de uma semana, separadamente, com o subprocurador-geral Augusto Aras, que se lançou candidato ao comando da PGR fora da lista tríplice, informa Bela Megale, no Globo.

Segundo a colunista, na conversa, Aras defendeu ampliar a Lava Jato para outros estados e municípios.

O pacto da PGR

A escolha de Jair Bolsonaro para a PGR vai mostrar o alcance do pacto com Dias Toffoli, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre.

Eles apoiam o nome de Raquel Dodge. E, em segundo lugar, de Augusto Aras.

Bolsonaro sabe

A Lava Jato rejeita Raquel Dodge e Augusto Aras para a PGR.

Jair Bolsonaro sabe disso.

Se ele escolher um desses dois nomes, é sinal de que resolveu se afastar da Lava Jato.

Aras e Bolsonaro se encontram pela sexta vez

Augusto Aras, o candidato a PGR que corre por fora da lista tríplice, se encontrou hoje novamente com Jair Bolsonaro em uma reunião que não estava na agenda oficial do presidente.

Este é o sexto encontro que os dois têm.

Questionado se isso representaria uma predileção de Bolsonaro pelo subprocurador-geral, Otávio Rêgo Barros respondeu:

“O presidente recebe em sua agenda, ou fora da agenda e depois regulariza, as pessoas que ele entende que são importantes para o prosseguimento das ações do poder Executivo e eventualmente em consórcio com os outros poderes ou das funções essenciais da Justiça, como é o caso do Ministério Público. Não é o fato de receber alfa, bravo ou charlie que vai indicar eventualmente uma preferência por parte do senhor presidente.”

O esquerdista Augusto Aras

Considerado o favorito de Jair Bolsonaro para chefiar a PGR, Augusto Aras defendeu pontos de vista à esquerda do atual governo numa entrevista à TV Câmara de Salvador, em 2016, registra a Folha.

Na ocasião, o subprocurador disse que a “direita radical” se aproveitava de uma crescente “doutrina do medo” para fazer valer a opressão contra os mais pobres e a supressão de direitos e garantias sociais.

Aras, que já se reuniu por cinco vezes com Bolsonaro nas últimas semanas, chegou a usar o slogan da campanha de Lula em 2002, sem citar o presidente.

“Agora, mais do que nunca, a esperança precisa vencer o medo, porque o medo está nos conduzindo a renunciar a todos os direitos sociais que nós conquistamos a duras penas.”

Augusto Aras e a visão petista sobre a Lava Jato

Bem antes do ataque à Lava Jato baseado nas mensagens roubadas da força-tarefa, o subprocurador Augusto Aras, cotado por Jair Bolsonaro para assumir a PGR, já defendia enquadrar os procuradores de Curitiba.

Numa entrevista à Folha em abril, disse que a independência dos membros do MPF não podia contrariar a “unidade e a indivisibilidade” da instituição.

Augusto Aras foi contra extinção de conselhos decretada por Bolsonaro

Juntamente com outros membros da ala esquerdista do Ministério Público, Augusto Aras, cotado para assumir a PGR, manifestou “preocupação” com uma decisão de abril de Jair Bolsonaro que extinguiu mais de 2 mil conselhos.

Na época, o presidente defendeu a medida para acabar com a farra de gastos em passagens e viagens — pagas, em boa medida, em favor de ativistas e militantes nomeados na era PT.

Numa nota conjunta, assinada também por Deborah Duprat e Domingos Sávio Dresch da Silveira, Aras destacou a extinção de conselhos de defesa de minorias, como da comunidade LGBT, de indígenas, povos tradicionais, entre outros.

“Com base em reivindicações de participação da sociedade na gestão das políticas sociais, foram criados conselhos co-gestores de políticas públicas, desde o âmbito municipal até o federal, consistentes em canais efetivos da sociedade civil, permitindo o exercício da cidadania ativa, incorporando as forças vivas de uma comunidade à gestão de seus problemas e à implementação de políticas públicas que possam solucioná-los”, dizia a nota.

Posteriormente, o Supremo permitiu ao governo extinguir a maioria dos conselhos, preservando apenas aqueles criados por lei.

Aras ganhou “pontinho positivo” para PGR, diz Bolsonaro

Jair Bolsonaro disse hoje que analisa cinco nomes para indicar o sucessor de Raquel Dodge na PGR.

O presidente indicou, no entanto, que Augusto Aras está um pouco à frente dos demais.

“Tenho cinco nomes entre os mais cotados. Quem quer que seja apontado por mim vai levar tiro de .50 [da imprensa]. Veio uma matéria em O Antagonista, citando a Folha, criticando o Augusto Aras. Então eu vou dizer à Folha e ao Antagonista que Augusto Aras ganhou um pontinho mais positivo”, afirmou Bolsonaro.

Se for confirmada a escolha do esquerdista Augusto Aras para chefiar a PGR, Jair Bolsonaro vai usar a tinta da caneta bic para proteger o filho Flávio Bolsonaro.

Para o filósofo Olavo de Carvalho, guru da direita brasileira, não se deve jamais confiar num comunista.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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