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UESPI entre as piores do Brasil: é preciso quebrar o silêncio


Sempre que alguém encontra um Professor, um Estudante ou um Técnico Administrativo e o reconhece como pertencente aos quadros da UESPI, um pergunta é dirigida meio que imediatamente! E a NOSSA UESPI, como vai? Essa indagação eu já ouvi de populares, de Deputados, de Professores, de Juristas, de Médicos, de Profissionais liberais, ex-alunos(as), etc., e até do próprio Governador do Estado. Ao ser questionado sobre a UESPI minhas manifestações sempre foram de muita alegria, pois é bom trabalhar numa instituição que a sociedade a reconhece como sua, manifesta carinho e preocupação em saber como anda a maior Instituição de Ensino Superior do Piauí, destino certo de muitos Piauienses em busca de uma profissão.

O desejo de todos os que fazem a UESPI é, certamente, ter sempre a convicção de ter acertado em escolher passar ali dias importantes de suas vidas contribuindo para o desenvolvimento do Piauí. Entretanto, esta semana estamos todos tristes pelo nosso vergonhoso desempenho no Índice Geral de Cursos (IGC) na avaliação do Ministério da Educação para Instituições de Nível Superior. Esperamos, mas até agora nenhuma autoridade responsável (Gestores) veio justificar perante a Sociedade Piauiense, principal mantenedora da UESPI, a que se deve o fato da UESPI estar entre as piores Universidades do Piauí. Para quem vive o dia-a-dia da UESPI tamanha verdade não é uma surpresa, mas alguém precisa vir a público dar as explicações que a sociedade merece.

Os atuais gestores da UESPI, que estão completando sete anos no comando da mesma, não foram capazes neste período de firmar parcerias, condenando a nossa Universidade ao isolamento Institucional. Acreditamos que se os responsáveis por sua gestão tivessem procurado o Governo do Estado, Assembléia Legislativa, Poder Judiciário só para citar exemplos, com bons projetos este quadro triste não estaria sendo vivido por todo nós. Digo isso com a tranqüilidade de quem conhece e vive com Dedicação Exclusiva o dia-a-dia daquela Universidade e não vi ao longo destes sete anos se quer um grande projeto sendo desenvolvido em parceria entre a UESPI e a SEDUC, a UESPI e a Sec. de Agricultura, a UESPI e a Sec. de Educação, a UESPI e a Sec. de Saúde, etc. Nós somos uma Entidade Pública Estadual que além de disseminar e produzir conhecimento, tem o dever de agir em complementaridade às ações de Governo, sempre a serviço da sociedade. Em todo o mundo, espera-se que as Instituições que produzem e disseminem saber assumam a dianteira das ações e das parcerias que trazem melhora para a sociedade. Portanto, nós uespianos precisamos urgentemente entender que somos todos patrocinados pelo dinheiro público e a população precisa ter o retorno merecido de seus investimentos, que certamente não deva ser diplomas de curso de péssima qualidade, segundo a avaliação oficial.

Não queremos aceitar que a melhora só começará a ser construída em janeiro de 2010 com a posse de um novo Reitor(a) que represente o mesmo grupo que tenta se perpetuar no poder e que colocou a NOSSA UESPI entre as piores Instituições de Ensino Superior do País. Ainda falta muito tempo e até lá precisamos fazer alguma coisa. Até mesmo porque é do conhecimento de todos que os dois principais agentes responsáveis pela gestão da UESPI (Reitor e Vice-Reitor) travam uma disputa interna para saber quem ficará com o apoio do Governo nas Eleições que se aproximam, tenham certeza não deve sair boas coisas desta disputa. É ver pra crer se essas pessoas terão a coragem de prometer fazer na UESPI aquilo que não tiveram competência para fazer com um Governador companheiro de partido, imagine com um governo de partido diferente. Infelizmente, a persistir o quadro que aqui se apresenta NOSSA UESPI já era!

E os quatro piores cursos do Brasil na UESPI? Bem! É o que está sendo mostrado pelo CPC - Conceito Preliminar do Curso. O Que é o Conceito Preliminar? O Conceito Preliminar, como o próprio nome antecipa, é um indicador preliminar da situação dos cursos de graduação. Ele consubstancia diferentes variáveis que traduzem resultados da avaliação de desempenho de estudantes, infra-estrutura e instalações, recursos didático-pedagógicos e corpo docente. Acreditamos que só foram detectados quatro piores cursos porque o CPC não foi aplicado em todos os cursos, pois se assim fosse, o número seria maior ainda. A pesar do conceito 2, os professores, estudantes, técnicos administrativos que compõem esses cursos não devem ver os resultados com tristeza, pois quem sabe assim, nossas solicitações protocoladas há tempos que estão esquecidas em algum armário da universidade tenham agora andamento. Antes tarde do que nunca!

*Nouga Cardoso Batista, Prof. Dr. Adjunto III, (DE) Química - UESPI

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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