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*Arthur Teixeira Júnior
Imagem: GP1Arthur Teixeira Júnior(Imagem:GP1)Arthur Teixeira Júnior

Recentemente, espantei-me com o resultado de uma pesquisa de avaliação do governo Dilma: nada menos do que 78% dos entrevistados desaprovam o Governo!

Mesmo considerando todo o embasamento científico e a seriedade de seus realizadores, pesquisas são pesquisas. Refletem somente uma tendência, um comportamento momentâneo da opinião pública.

Somos testemunhas de erros clássicos cometidos por institutos de pesquisas. Ou comportamentos mal intencionados, lembrando-me da eleição de Brizola para o Governo do Rio de Janeiro, em 1982 (caso Proconsult).

Mas desta feita, não parece haver muito do que duvidar. Uns dois, três ou cinco pontos para cima ou para baixo, talvez. Mas não mudará o resultado. E o apurado é o seguinte: três, dentre quatro brasileiros, desaprovam o Governo Dilma. Inclusos todos aqueles que nela votaram nas últimas eleições e os beneficiários do Bolsa Família. No mínimo preocupante.

Falando em Bolsa Família, sem discutir sua filosofia, pois este espaço não seria suficiente para tanto: soube eu, por fontes confiáveis, que a Polícia Federal começou a investigar muitos beneficiários do programa que talvez não cumpram seus requisitos.

É sabido que muitas famílias mudaram sua situação sócio econômica durante o recebimento do benefício, mesmo que sem a influência direta deste. Outros simplesmente já entraram no Programa “pela porta dos fundos”, como moeda de troca eleitoral. Ou favores pessoais inconfessáveis.

Aquele que recebe um benefício federal sem fazer jus a ele, comete crime de estelionato majorado (artigo 171, § 3º, do Código Penal). É o mesmo que receber a aposentadoria paga pelo INSS de um segurado já falecido. Utilizando ainda, para isso, de documentos inidôneos, poderá ser enquadrado também no artigo 304 (uso de documento falso). Prestar informações falsas ao Gestor Municipal do CRAS: falsidade ideológica (artigo 299 do mesmo Código). Ao todo deve dar uns cinco anos de cadeia, a devolução dos valores recebidos indevidamente e muita dor de cabeça.

São inúmeros os casos que conheço: quem arrumou um bom emprego, casou-se com quem não precisa do benefício, montou seu próprio negócio, elegeu-se a cargo público, faleceu e seus parentes assumiram o cartão e a senha, ganhou na loteria (ou no “bicho”), recebeu polpuda herança, etc. Os propagandeados “sistemas de acompanhamento” não conseguem detectar estas evoluções. A Polícia Federal talvez sim.

Elza que se cuide!

Ontem revi um clássico dos filmes de minha juventude: “Esqueceram de mim” (1990, com o então também jovem Macaulay Culkin). Não pude deixar de traçar um paralelo comigo: ou esqueceram de mim ou alguém com um mínimo de inteligência convenceu meus algozes para ignorarem-me. Fico mais tranquilo, mas menos lido. A cada processo que moviam contra este cronista obscuro, mais prestígio me davam. Mas não deixarei de falar sobre as novas vagas para deficientes no estacionamento que não passou de uma promessa e da falta de publicação na Intranet dos contratos celebrados. Em breve!

*Arthur Teixeira Júnior é colaborador

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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