A população brasileira que vive em domicílios próprios e já pagos caiu para 64,6% em 2022, uma queda de quase 4% desde 2016. Em contrapartida, a parcela da população que mora em imóveis alugados cresceu quase 3% no mesmo período, atingindo 20,2% em 2022. Esses dados são parte da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre a população mais pobre, na classe dos 20% com menores rendimentos, 65,4% moram de aluguel, um percentual maior do que entre os 20% com maiores rendimentos (64,2%). Esse tipo de moradia aumentou ainda mais entre a população mais pobre, com crescimento de 4% desde 2016.

A faixa etária entre 15 e 29 anos, período em que muitos jovens saem da casa dos pais, é a que concentra a maior proporção de moradias alugadas, com 25,6%. A mesma faixa etária também apresenta a maior proporção de moradias cedidas, com 11,3%. Já a população mais velha, com 60 anos ou mais, concentra a maior proporção de moradias próprias, com 83,9%.

Mulheres sem cônjuge e com filhos de até 14 anos de idade são o tipo de arranjo familiar que apresenta a maior proporção de moradias alugadas (33,0%) e cedidas (12,2%). Os casos em que as moradias são cedidas registraram a maior proporção no quinto populacional de menor rendimento (13,4%) e a menor proporção no quinto populacional de maior rendimento (4,4%).