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Universidades pedem que Milton Ribeiro autorize ensino remoto até 2021

Em reunião com Milton Ribeiro, depois de polêmica sobre portaria que pedia a volta presencial, representantes disseram que é preciso manter o online.

Representantes de universidades federais e particulares pediram nesta sexta-feira, 4, ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, que autorize o uso de ensino remoto até dezembro de 2021. A medida faz parte de uma resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), que desde outubro aguarda homologação do ministro. Na quarta-feira semana, Ribeiro editou uma portaria com conteúdo oposto, pedindo que as instituições voltassem às aulas presenciais a partir de 4 de janeiro.

Na reunião, o ministro ouviu o pedido de todas as entidades e disse que iria avaliar. Na quarta-feira, depois de forte repercussão negativa, ele havia dito à CNN que revogaria a portaria. A medida pegou de surpresa os dirigentes e foi considerada inconstitucional por especialistas, já que as universidades têm autonomia. No entanto, Ribeiro não ainda anulou a portaria.

“Há uma uma unanimidade de todos, setor público e privado, de que a portaria no formato que ela se apresenta é inexequível pelo recrudescimento da pandemia, pelas condições objetivas, de menos alunos em sala de aula, maior número de professores”, disse o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Edward Madureira que é reitor da Universidade Federal de Goias (UFG). Ele esteve na reunião e a avaliou como “positiva” e "com diálogo”.

Fontes ouvidas pelo Estadão dizem que todos saíram sem saber o que vai acontecer. Ribeiro já havia dito que homologaria a resolução do CNE, depois voltou atrás e agora mantém o documento parado, sem aprovação nem reprovação. Sem ele, cria-se uma lacuna sobre como devem proceder escolas e universidades particulares e públicas de todo o País em 2021. Para piorar, editou uma nova portaria esta semana.

Segundo fontes, há a possibilidade de o ministro permitir o ensino remoto apenas até julho de 2021, o que seria um meio termo com relação ao sugerido pelo CNE. O presidente Jair Bolsonaro tem defendido a volta do ensino presencial, numa forma de minimizar a pandemia de coronavírus, que teve aumento no número de casos e mortes nas últimas semanas.

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