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PGR quer condenação de Carla Zambelli e Walter Delgatti por invasão do sistema do CNJ

Delgatti confirmou sua participação no crime em depoimento para a Polícia Federal mas Zambelli nega.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL) e do hacker Walter Delgatti por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Segundo a PGR, os dois criaram e divulgaram um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, como se tivesse sido assinado pelo magistrado, inserindo o documento ainda no Banco Nacional de Mandados de Prisão, ligado ao CNJ. A pena para invasão de dispositivo é de um a quatro anos de prisão, enquanto falsidade ideológica pode resultar em até cinco anos. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao STF que aplique o aumento de pena previsto no Código Penal, de um terço a dois terços, caso a invasão gere prejuízo econômico.

O procurador afirmou ainda que os objetivos de Zambelli com a ação seriam gerar um ambiente de desmoralização da Justiça brasileira, a fim de obter vantagem de ordem política. Foram levantados também diálogos, relatórios e depoimentos que indicam a existência de um acordo prévio entre os acusados, bem como esforços contra a integridade dos sistemas judiciais.


Foto: Reprodução/InstagramWalter Delgatti e Carla Zambelli
Walter Delgatti e Carla Zambelli

As autoridades encontraram arquivos nos dispositivos de Delgatti, como uma ordem falsa de quebra de sigilo bancário de Moraes, criada e acessada por Zambelli 22 segundos depois, bem como outro arquivo, que continha um mandado falso de prisão contra o ministro, também acessado por ela 90 minutos após sua criação. Além disso, foi localizado um arquivo falsificado, ordenando o bloqueio de R$ 22,9 milhões de Moraes e acessado por Zambelli 18 horas após sua criação. Delgatti confirmou sua participação no crime durante depoimento à Polícia Federal, revelando que agiu a pedido da deputada. Contudo, Zambelli nega a participação.

Em maio, após a Primeira Turma do STF tornar os dois réus, o advogado de Zambelli, Daniel Bialski, afirmou que a deputada não cometeu qualquer ilícito penal, reforçando que a inocência da deputada será comprovada durante o trâmite do processo.

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