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Colunista Feitosa Costa
GP1

Chega mais um delegado para investigar morte de Fernanda Lages


Enquanto a população do Piauí mantém uma grande expectativa em torno da realização da exumação do corpo da estudante de direito Fernanda Lages Veras, de 19 anos, encontrada morta ao amanhecer do dia 25 de agosto do ano passado, no pátio posterior do prédio em acabamento da Procuradoria Geral da República, a Polícia Federal, de maneira mais surpreendente ainda, dá mais uma passo significativo para rasgar a grossa cortina de mistério que envolve a morte da bela moça, ao mesmo tempo em que estimula a imaginação de todos aqueles que querem saber sobre os procedimentos adotados na sua esfera até aqui: muito discretamente, desembarcou em Teresina nas últimas horas mais um delegado especialista em investigações desse tipo para se juntar à equipe do delegado Alberto Ferreira Neto, que já se encontra no Piauí há quase dois meses.

De acordo com a fonte deste repórter, que merece todo o crédito, o delegado tem cerca de 50 anos e seria dono de uma grande bagagem profissional. Cerca de 15 anos mais velho do que o colega que já se encontrava em Teresina, desembarcou e poucas horas depois já tinha se apresentado e começado a trabalhar com seus companheiros.

Os motivos

A chegada de mais um delegado para compor a equipe de investigação leva a uma série de suposições. Uma primeira pergunta, diante do clima de otimismo que se sente nas proximidades da equipe de investigação, seria a seguinte: o trabalho estaria se "afunilando" e caminhando para um desfecho diferente do que já se conhece?

Uma outra pergunta caberia: o delegado que já se encontrava em Teresina teria percebido a necessidade de abrir um inquérito paralelo para apurar outros crimes descobertos ao longo da investigação sobre a morte de Fernanda?

A fonte que me passou a informação sobre a presença em Teresina de mais um delegado é do ramo e muito criteriosa. A última pergunta, na análise de outros observadores com experiência comprovada em procedimentos de investigação, é a mais pertinente: haveria necessidade de aprofundamento na investigação de pelo menos dois outros crimes detectados em meio aos levantamentos em torno da morte de Fernanda.

Perguntei à minha fonte que outros crimes poderiam ter sido detectados ao longo da investigação sobre a morte da garota e a resposta foi a seguinte: "pode ser tráfico, prostituição, prevaricação, agiotagem, sonegação de impostos e até lavagem de dinheiro".

Uma coisa é certa: no documento que a procuradora-chefe do Ministério Público Estadual, Zélia Saraiva, com o respaldo dos procuradores federais do Piauí, encaminhou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pedindo que determinasse a realização de investigações pela Polícia Federal, contribuiu muito para a decisão do Ministro, o parágrafo em que ela diz, com base em levantamentos dos promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Cavalcante, que existia possibilidade de o fato ter ligações até com "o tráfico internacional de mulheres".

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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