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Dona Flor e Seus Dois Maridos: o humor picante de Jorge Amado


Poucas são as pessoas que não conhecem a trama criada por Jorge Amado em: Dona Flor e Seus Dois Maridos (1966), pois a mesma já rodou o mundo em livros traduzidos e virou várias produções teatrais, de cinema e TV.

Essa nova produção conta com a atriz Carol Castro que interpreta Flor, Marcelo Farias como Vadinho e Duda Ribeiro como Teodoro. Aproveitarei e relatarei nesse post como foi meu domingo cultural na nossa cidade de Teresina.

No teatro 4 de Setembro não consegui comprar ingressos para as cadeiras numeradas, então tive que ir para as cadeira de cima e me programar para chegar cedo para a sessão das 18:00, cheguei as 17:00 achando que as portas estariam abertas, ledo engano tive que esperar em pé até as 17:40 num calor horrível.

Pensei que tudo ficaria bem quando abrissem as portas, sou uma pessoa bem otimista, foi quando iniciou o empurra-empurra e um povo não muito velho querendo passar na frente pela fila de idosos e gestantes, o que gerou um grande bate-boca entre duas pessoas, me senti em cenas de teatros medievais para ver uma peça de Shakespeare, mas como chegara cedo e estava bem posicionado na fila, eu pegaria um bom lugar.

O lugar era bom e dava para ver uns 3/4 do palco, porém fiquei preocupado com as cadeiras do teatro tudo com pano velho, espuma e ferro a mostra, acho que o coliseu está em melhores condições, e como sou alérgico a poeira senti a garganta travar um pouco, resolvi o problema tomando um antialérgico e tomando cuidado para não me cortar no ferro da cadeira, pois infelizmente esqueci-me de levar a vacina antitetânica.

A peça começou bastante animada, com um sambinha e uma parada de carnaval e Vadinho (Marcelo Farias) vestido de mulher, irreconhecível, onde durante a animação ele morre e aparece Flor (Carol Castro) que chora sobre o corpo do seu marido.

Flor era muito nova quando conheceu Vadinho que se passou de pessoa muito importante para conquistar mãe e filha, porém todo plano veio abaixo com os fuxicos que caiu logo nos ouvidos da mãe de Flor que era uma senhora de gênio forte, porém Flor aceita a mentira de Vadinho e continua com ele mesmo contra a mãe.

Infelizmente não decorei o nome de todos os personagens e seus devidos atores, pois todos os coadjuvantes também foram competentes em ajudar o desenvolvimento da peça, pois quando Dona Flor está com 1 ano de viúva, uma vizinha que a incentiva a investir no amor de Dr. Teodoro, o Farmacêutico, que nutre uma paixão retraída por ela.

Dr. Teodoro com toda polidez e jeito metódico pede a mão de Flor, numa festa onde a sogra faz dessa vez muito gosto pelo casamento, porém Teodoro por ser metódico demais acaba por deixar a vida de Dona Flor monótona, o que a faz desejar cada vez mais que seu antigo marido estivesse vivo, pois Teodoro tinha muitas qualidades de um bom marido, mas não a satisfazia na cama.

Dona Flor lamentava tanto, que Vadinho voltou para completar a vida dela e ele nem se importava de dividi-la com outro. Nessas cenas com os dois maridos que o humor toma conta do espetáculo, pois apenas Dona Flor ver o espírito de seu ex-marido que interage no ambiente para azar de Teodoro, que se dá sempre mal nas cenas. O fim guarda uma reviravolta que todos conhecem.

É uma história muito boa, tanto em livro, como em todas as outras mídias para onde ela foi transportada e caso você não a conheça, o que eu acho impossível, leia o livro ou assista essa versão teatral dirigida Pedro Vasconcelos que vale todo o investimento e sofrimento empregado para vê-la e se gosta dessa obra e não conhece A morte e a Morte de Quincas Berro d´água aconselho que leia por seguir a mesma temática.

Escrito por Luis Almeida

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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