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O Renascimento de Regina; ou o Poder de Ressignificação da Hipnose


A estrutura psíquica de cada um de nós passa ao longo da nossa história por vários (ou, para alguns, muitos) momentos de tensão. Essas tensões são especialmente significativas para a modelagem da psique quando ocorrem na infância, posto que o aparelho psíquico ainda não está totalmente formado e dependendo do nível de dor, podem comprometer a saúde emocional e mental para o resto da vida.

Pois bem, Regina, minha paciente de cerca de 50 anos, tivera uma infância recheada de problemas, em especial, pela mãe agressiva, competitiva e imatura e o pai inseguro, infeliz e ausente.

A associação livre, método desenvolvido por Freud para curar as neuroses, não havia realizado o efeito esperado para aquele caso, pois Regina havia sofrido violências emocionais do próprio núcleo familiar que deveria protegê-la.

Lancei mão da hipnose... Em estado hipnótico, Regina revelara um episódio que há muito não lembrava mais... Certa feita a mãe ridicularizava o nome dela (Regina) - que havia sido escolhido pelo seu pai para homenagear a mãe dele - fazendo chacota com referência à sogra e finalizou dizendo: “Você nunca dará certo na vida, até seu nome vai para trás, vai de ré”. Aquele evento, há muito recalcado por Regina, era o símbolo de uma infância difícil e traumática.

Ainda sob estado hipnótico, a conduzi de forma que ela ressignificasse todo aquela dor e mágoa instaladas em seu inconsciente, transformando, por meio das técnicas hipnóticas adequadas, a energia negativa sufocante em energia positiva edificante. Assim, conclui a sessão destacando que as duas letras inicias do nome dela eram a pedra angular de toda palavra que significa força e vida nova, quais sejam: RESSURGIR, REVIVER, RESGATAR e tantas outras.

Aquela sessão de hipnose foi o ponto de inflexão na vida de Regina, toda a energia que ela mesma inconscientemente usava contra ela, agora estava sendo usada a favor dela, um belo caso de REnascimento.

José Anastácio de Sousa Aguiar

*nomes, sexos e alguns detalhes foram alterados para proteger a identidade dos pacientes.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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