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Visitando Stonehenge que é um monumento pré-histórico localizado na Inglaterra com provável construção datada de 3.000 anos B.C. pude perceber o quão interessante é a percepção de mundo de cada um.

Ao passear pelo local ouvi uma garota com cerca de seis anos e que relutava em permanecer quieta, dizer para o seu pai brasileiro, o qual tentava enquadrar toda a família no visor de sua máquina fotográfica: “Pai, eu quero sorvete.” O pai replicou: “Precisamos bater essa foto, um dia você vai entender o quão foi difícil estar aqui e a importância desse lugar.”

Alguns passos à frente, um fotógrafo profissional preparava-se para tirar uma foto em sua potente câmara com o esmero e cuidado como se fosse sua última e única foto. Seguindo adiante, um grupo de adolescentes posava para foto, todos com o polegar para baixo, indicando o que me pareceu uma suposta desaprovação do local.

Se um monumento imóvel consegue despertar tantas opiniões e sensações diferentes, o que dizer da existência... Assim me parece que é a vida para cada um de nós. Uns vivem pelo real, outros pelos prazeres e uns poucos pelo ideal, entretanto todos estão no mesmo barco que não me parece terá o mesmo destino para cada um... A subjetividade parece ser a coisa mais objetiva da existência e talvez um dia entendamos o quão difícil foi estar aqui e a importância desse lugar...

Lembro-me do mestre Victor Hugo, que asseverava: “É pelo real que vivemos, mas é pelo ideal que existimos.”

Boa sorte a (nós) todos.

Haia/HOL, 30 de maio de 2009.

José Anastácio de Sousa Aguiar

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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