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Mesmo não nos dando conta do real significado, parecemos ter alguma consciência de que as coisas no nosso cotidiano ocorrem em ciclos, sejam os ciclos da natureza, como o próprio dia; ou os ciclos diários das nossas atividades. Mas será que entendemos verdadeiramente a importância disso?

 A nossa cultura ocidental tende a nos levar a crer que a vida transcorre de uma forma linear, e não cíclica. Muitos crêem que os fatos da vida de cada um desenrolam-se sem qualquer relação com os fatos passados, e por conseqüência, sem qualquer compromisso com o futuro.

Esse equívoco nos leva a andar em círculos, e não em ciclos, senão vejamos. Toda a natureza, e por conseguinte, toda a humanidade vive de forma cíclica. Aquele ciclo da água que estudamos no primário é um exemplo típico de ciclo da natureza.

Sendo essa questão um fato inafastável, qual é a importância prática de termos essa noção em nossa vida? A resposta é simples. Tendo em vista que os ciclos seguintes em cada fase do ser humano ocorrem como decorrência lógica do ciclo anterior, o fato de não estarmos preparados para o desempenho do próximo ciclo, acarretará o surgimento de vários problemas não resolvidos.

Citarei um exemplo simples. Alguém que se disponha a casar, e pretenda, ao estar casado, continuar com o estilo de vida do ciclo anterior de solteiro, por certo, passará mais rápido do que imagina para o ciclo seguinte, o de separado. E assim, com maior ou menor ênfase, ocorrem em outros tantos exemplos.

Nesse contexto, temos outro tema conexo que tem despertado o interesse de filósofos de todos os tempos e que, às vezes, parece-nos não existir, é a suposta Ordem Universal da Natureza, senão vejamos o que nos ensina Pietro Ubaldi e Epicuro: "Num universo tão complexo, no seio de um organismo de forças regido por uma lei tão sábia, que nunca falhou definidamente, como podes acreditar que teu destino esteja abandonado ao acaso, e o desequilíbrio momentâneo, que te aflige e te parece injustiça, não seja condição de mais alto e mais perfeito equilíbrio." "Nada pode originar-se do nada. Se assim fosse, tudo poderia ter origem em tudo, sem que para isso se necessitasse, pelo menos, de uma matéria criadora. E se aquilo que desaparece se dissolvesse no nada, então tudo que existe realmente já há muito se teria perdido, pois nada existiria em que pudesse se dissolver. A totalidade daquilo que se acha na natureza é imutável desde o início e por toda a eternidade, porque nada existe em que pudesse se transformar. Nada existe fora do universo que possa penetrar nele e provocar tal transformação."

Temas tão vastos e instigantes merecem um pouco de nossa reflexão.

Boa sorte a (nós) todos.

Eusébio, 04 de julho de 2008.

José Anastácio de Sousa Aguiar

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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