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Colunista Feitosa Costa
GP1

Povo quer saber até quando autoridades vão permitir matança de cidadãos


A sociedade quer saber até quando as autoridades vão permitir que jovens envolvidos com gangues e criminosos reincidentes continuem esse derramamento de sangue sem precedentes que aterroriza as famílias e ameaça a crença nas instituições. Parece que estamos num ambiente dominado pelos foras da lei, ao mesmo tempo em que se tenta minimizar a gravidade do momento com discursos demagógicos e pouca atitude enquanto o sangue humano tinge as calçadas e ruas da periferia de Teresina.

Como se não bastasse as ruas da capital estranhamente repletas de assassinos com históricos impressionantes; livres, leves e soltos à espera de mais uma oportunidade para matar, farsantes vão para os meios de comunicação dizer que a culpa é do código penal.

A inércia é tão grande que os criminosos ousam agora utilizar redes sociais para anunciar matanças, transformando esses canais num filme de terror que reproduz o retrato de um lugar dominado pelo crime onde os cidadãos pacatos vivem amedrontados.

E tome entrevista demagógica dizendo que não é só aqui que acontece, que a droga é culpada de tudo e coisa e tal, mas ninguém admite que isto é resultado de uma histórica omissão do conjunto que tem a responsabilidade de banir os criminosos do convívio dos homens que cumprem suas obrigações legais.

Os criminosos estão cada vez mais livres, passeando pelas calçadas, pelos restaurantes, distribuindo drogas durante o dia, utilizando menores nas suas empreitadas, convictos e sorridentes com a certeza de que na cadeia não passam muito tempo.

É triste olhar para as estatísticas e descobrir que quase todos os crimes violentos praticados em Teresina têm como executores reincidentes recém colocados em liberdade "por culpa do código penal que é de 1940".

Como diria um cidadão do povo: "por favor, me poupe...!"

Enquanto ocupam canais de televisão com sua falácia ridícula e as faces sinalizando que não estão nem aí para a matança de cidadãos, principalmente quando estes são da periferia, novos criminosos são estimulados pela falta de punição.

No final do mês de janeiro, dentro do campus da Universidade Federal do Piauí, um vigilante aassassinou friamente o fiscal do seu turno de serviço (um homem de comportamento exemplar) a tiros, de forma premeditada. O rapaz não teve nem tempo de descer da motocicleta em que fazia a fiscalização do serviço dos colegas. Foi abatido quase que à queima-roupa, sem a menor chance de defesa.

O criminoso, segundo apurou a policia, tinha prometido matá-lo por ter sido repreendido por falta cometida anteriormente durante o serviço de vigilância na Universidade Federal.

Pois bem: esse vigilante, que tirou a vida de um pai de família que apenas despontava, está legalmente em liberdade. A sua prisão preventiva não foi decretada, apesar de o delegado que presidiu o inquérito a ter solicitado argumentando que o crime fora brutal.

Amanhã, se ele resolver voltar ao campus para matar mais alguém, aparecerá um ‘cara de pau’ para dizer que "é culpa do código penal".

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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