A revista Isto É desta semana, traz reportagem revelando o nome de um aposentado do SNI que a revista apresenta como "o Espião da ABIN": Francisco Ambrósio do Nascimento.
No acórdão AC-1996-30/05-1 do TCU do TCU, de 2005, trata da legalidade da aposentaria de Francisco Ambrósio do Nascimento. Portanto ele já estava aposentado em 2005.
Se Ambrósio estava prestando serviços à alguém não era ao Estado Brasileiro, de onde ele se encontra aposentado, e sim a serviço privado. Nem precisa desenhar.
Entre "supostos" e "pressupostos", lá no meio da reportagem, está uma frase álibi para a revista se safar quando a verdade estiver apurada no inquérito da PF:
"Como tudo que é feito clandestinamente, não se sabe o que, na frase do espião, é fato, bravata ou ameaça."
A revista IstoÉ é controlada por Daniel Dantas. O grupo IstoÉ Tem no corpo de editores Leonardo Attuch, um dos principais operadores de Dantas na imprensa. A matéria é assinada por Mino Pedrosa e Hugo Marques, mas o mentor deve ter sido Nélio Machado, advogado de Dantas.
No currículo de Mino Pedrosa estão os trabalhos para o bicheiro Carlinhos Cachoeira (deu "consultoria") um ano após aquela gravação de Waldomiro Diniz pedindo propina ao Bicheiro durante o governo Garotinho no Rio de Janeiro em 2001.
Pedrosa foi intimado a depor na PF em 2004 durante as investigações deste episódio.
Não se trata apenas de desqualificar a reportagem pelos seus autores, mas percebe-se pelo próprio conteúdo, o padrão do jornalismo que frequenta e se associa ao submundo da corrupção no Brasil.
A reportagem direciona para a tese de que Protógenes Queiroz montou um sistema de espionagem clandestina com a ABIN, à margem da lei, com a tolerância e/ou apoio de Paulo Lacerda, para produzir a Satiagraha.
Apresenta a sede da PF como se fosse a "casa da mãe joana", antropo de atividades clandestinas, sem o conhecimento dos superiores.
Nas entrelinhas passa recados chantagens ao meio político (atribuindo às ameaças como se fossem de Protógenes). Como se houvesse revelações bombásticas capaz de destruir todos os governos: o de Lula, o de FHC, e... contenha-se na cadeira para não morrer de rir, porque é surreal: até o próximo governo que está por vir, nas palavras da revista.
Fica claríssimo que o direcionamento da reportagem tem o objetivo de desqualificar todo o inquérito da Operação Satiagraha, com o propósito de invalidá-lo juridicamente.
O blogueiro RA, da Veja, já passou recibo para a revista "concorrente", uma vez que é mias uma pela da conspiração da própria Veja na semana passada.
A reportagem em si é mais um caso de Polícia. O conteúdo e os próprios bastidores que levaram à sua encomenda. Dá-lhe PF.
FONTE://osamigosdopresidentelula.blogspot.com
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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