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Sri Prem Tata, a dor de cada um ou comece a curar o mundo, curando a si mesmo


Após ter reencontrado seus velhos amigos, Sri Buddu Amurti, Lama Tahju e Swami Elisol, Tata e seu discípulo retornaram às suas terras, onde Tata era tido como uma figura que gozava de grande respeitabilidade e possuidor de elevada sabedoria. Ao aproximarem-se da entrada do reino, uma pequena multidão veio ao seu encontro. O grupo aguardava ansioso o retorno do mestre ao reinado no intuito de encarregá-lo de liderá-los até a capital do reino para protestarem em busca das reformas sociais que almejavam e caso não fossem atendidas suas demandas, pressionavam pela promoção de uma revolta.
Imagem: Jailson ArquinoSri Prem Tata, a dor de cada um ou Comece a curar o mundo, curando a si mesmo(Imagem: Jailson Arquino)Sri Prem Tata, a dor de cada um ou Comece a curar o mundo, curando a si mesmo
Após ouvir atentamente as alegações, por vezes exaltadas, de vários componentes do grupo, Tata disse que estava disposto, em razão das justificadas argumentações e legítimas demandas, a ir até as últimas consequências com a entusiasmada turba, desde que eles se comprometessem a responder com plena sinceridade alguns questionamentos.

Ao ouvir as palavras do mestre e sabedor que Tata tinha o dom de identificar quando alguém era insincero, antes mesmo do guru fazer a primeira indagação, a maior parte do grupo foi saindo, aos poucos. Da pequena multidão inicial, só restou um punhado de pessoas, dentre as quais não havia nenhum exaltado.

Com o pequeno grupo, Tata deu início a um simples exercício de regressão, no qual cada um conseguiu identificar as questões mal resolvidas com a maternidade e/ou a paternidade. Após a referida ascese, Tata orientou cada um a retornar a seus lares e resolver as suas pendências primordiais por meio do perdão, da aceitação e da não-resistência, e afirmou que antes de tentar curar o mundo, as pessoas devem curar a si mesmas.

Para o discípulo, aquele havia sido um dia de inesperados aprendizados. Após a última pessoa, alegremente, partir, o fiel escudeiro dirigiu-se ao mestre e disse o quão maravilhoso havia sido aquele dia e indagou se seria possível o guru fazer uma explanação dos processos inconscientes envolvidos no episódio, ao que Tata respondeu: “A psique humana é composta dos condicionamentos oriundos dos ancestrais e também das estruturas vivenciadas durante a vida. Neste segundo componente (adquirido), tem especial relevância os eventos ocorridos na infância, e em especial a relação com a maternidade e com a paternidade. Todas as demandas dos adultos são frutos das insatisfações e das dores da criança interna. Assim, toda cura emocional, e por consequência a saúde mental, passa pela sincera disposição do indivíduo em evoluir e se autoconhecer.” Perguntou, ainda, o curioso companheiro de viagem: “Por que as pessoas que saíram no início não quiseram se submeter à sinceridade?” Ao que Tata respondeu: “Para muitos, a dor é a melhor amiga.”

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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