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Teresina - Piauí

Comerciantes fazem protesto e reabrem lojas no Parque Piauí

A reabertura acontece em protesto contra a Polícia Militar do Piauí e Guarda Civil que prenderam um empresário por descumprir os decretos municipal e estadual na segunda-feira (20).

Alguns comerciantes do bairro Parque Piauí, na zona sul de Teresina, resolveram abrir seus estabelecimentos nesta quarta-feira (22). A reabertura, ainda que tímida, acontece em protesto contra a Polícia Militar do Piauí e Guarda Civil que prenderam um empresário por descumprir os decretos municipal e estadual na segunda-feira (20).

Em entrevista ao GP1, um dos comerciantes que resolveu abrir as portas, Airton José, explicou que fez um acordo com o proprietário do ponto comercial para pagar apenas metade do valor do aluguel neste mês, tendo em vista que as lojas permanecem fechadas.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Loja de material de construção aberta no bairro Parque PiauíLoja de material de construção aberta no bairro Parque Piauí

O comerciante, dono de uma loja de construções, revela o medo de não ter como arcar o aluguel do próximo mês, cerca de R$ 4 mil. “E o mês que vem, como que paga, se não está entrando nada em caixa, só saindo até agora. Nem os 50% a gente vai ter para pagar”, afirmou.

Reabertura do comércio

Airton defende a reabertura gradual do comércio com as medidas de segurança e pede sensibilidade do prefeito Firmino Filho (PSDB).

  • Foto: Lucas Dias/GP1Avenida principal do bairro Parque PiauíAvenida principal do bairro Parque Piauí

“Pedimos ao prefeito Firmino Filho que nós possamos reabrir o comércio de forma gradual de forma que a gente trabalhe com toda segurança, com a distância necessária, uso de máscaras, luvas, álcool gel. Não estamos aqui para querer guerra, para brigar com ninguém, estamos querendo reabrir o comércio porque a economia está parada. A gente quer que ele tenha essa sensibilidade e ele reabra esse comércio com suas restrições, mas queremos que reabra sim”, defendeu.

Fome

O empresário disse ainda que se não abrir, os comerciantes vão quebrar e a fome será a nova pandemia, em lugar do novo coronavírus.

“E se não reabrirmos, não é só meu ramo, mas todos os ramos, vamos fechar as portas e vai acabar a economia do município, que já era pouco. Vivemos no Nordeste e somos vistos como o resto do mundo, então ou a gente reabre ou a gente vai quebrar. Vai ter muito desemprego, em vez do coronavírus vai ter a fome, uma outra pandemia, uma outra necessidade”, finalizou.

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