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Jeová Alencar defende reabertura gradual do comércio em Teresina

O presidente da Câmara se posicionou a favor da reabertura do comércio, mas ponderou que é necessário que a reabertura do comércio seja feita de forma gradual, planejada e com responsabilidad

O presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Jeová Alencar (MDB), defendeu em entrevista ao GP1 neste sábado (02), o retorno das atividades econômicas na capital. O comércio está fechado desde o dia 21 de março por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Jeová citou que a população não aguenta mais ficar em casa e que caso perdure por mais tempo o fechamento do comércio, muitas pessoas vão morrer de fome. O vereador destacou que os profissionais autônomos já estão passando por dificuldades e que por isso estão lotando as agências bancárias da Caixa Econômica em busca do auxílio emergencial de R$ 600 pagos pelo Governo Federal.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Jeová AlencarJeová Alencar

“O comércio tem que ser aberto, de forma gradual, planejado e com responsabilidade. Acho imoral você achar normal uma pessoa passar um ano sondado, acho que as pessoas não tem mais o que fazer. Se você for agora na Caixa Econômica de qualquer bairro que seja, ela está lotada. Se você for a um supermercado, está lotado. As pessoas não aguentam mais”, destacou.

Embora tenha se posicionado a favor do retorno das atividades econômicas, Jeová ponderou que é necessário que a reabertura do comércio seja feita de forma gradual, planejada e com responsabilidade.

“Nosso comércio tem que funcionar, não é voltar como era antes, mas pelo menos de forma gradual, com responsabilidade e planejamento. Todos usando máscara, fazendo distanciamento, o patrão doando o álcool, a máscara, para que as empresas possam abrir, que as pessoas possam trabalhar e garantir seu sustento. Se as pessoas não morrerem de coronavírus, vão morrer de fome”, continuou.

Críticas

O vereador criticou ainda a forma como alguns gestores estão tratando a crise e citou a fala do prefeito Firmino Filho (PSDB), que no início da pandemia mostrou uma previsão de que cerca de 18 mil pessoas iriam morrer da doença caso não houvesse isolamento social.

“Você querer recuar, criar na sua cabeça de que vai morrer todo mundo, de que vai morrer 18 mil pessoas, que temos que construir 1 milhão de sepulturas e não vamos ter onde enterrar todo mundo, vamos viver de quê? Quem vende espetinho, quem vende hoje para comer amanhã? Esse não aguenta”, disse.

Mesmo sem citar nomes, Jeová criticou o grupo político do prefeito Firmino, que comanda a capital há 30 anos. “Se você tem em casa o que comer, você pode até achar normal. Sei da seriedade, minha mãe é do grupo de risco, ela tem 75 anos, é fumante, tem problema respiratório. Ela está no isolamento, estou com quase 30 dias que vi minha mãe. Mas eu não posso deixar de concordar que a maioria dos trabalhadores não tem o que comer. Eu entendo que na saúde nós estamos pagando um preço de 30 anos que não teve investimento”, finalizou.

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