Empresários e trabalhadores de bares e restaurantes realizaram uma manifestação, na manhã desta quarta-feira (03), em frente à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) contra o fechamento dos estabelecimentos e o lockdown aos finais de semana. Em seguida eles foram até o Palácio de Karnak.
Eduardo Rufino, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) no Piauí, afirmou que a categoria cobra mais leitos nos hospitais e uma maior fiscalização àqueles que descumprem o decreto, além do não fechamento dos estabelecimentos.
“Queremos mais leitos clínicos, com mais profissionais de saúde e mais bem remunerados, precisamos que eles não nos aterrorizem com esse abre e fecha, que nós temos provas de que isso não funciona, tem um ano fazendo a mesma coisa e não funciona”, declarou Eduardo.
Segundo Eduardo, a categoria é ouvida nas reuniões sobre a discussão das medidas, mas que seus posicionamentos não são considerados. “Somos chamados em algumas reuniões, ontem fomos chamados para participar de uma reunião com o coe, mas foi cancelada. O que tem acontecido é que eles escutam a gente, mas parece que estão escutando só pra dizer que participamos, e tudo sai ao contrário”, explicou.
“Queremos que eles deem condições para a saúde, fiscalizar os clandestinos que são os grandes aglomeradores, eles que devem ser punidos. A grande maioria dos bares e restaurantes estão cumprindo todos os protocolos, inclusive criamos protocolos antes do poder público”, enfatizou.
Ainda de acordo com o presidente, a categoria não tem como suportar mais com essas restrições. “Não suportamos mais nenhum dia, só ontem depois da reunião do COE nossos 90 associados já demitiram mais de 100 pessoas, é um absurdo o que estamos vivendo”, completou.
O presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia do Piauí, Franklin Batista, reforçou a falta de estruturação da saúde no estado. “Está constatado que o problema na nossa saúde não é só a disseminação da covid-19, mas também a falta dos hospitais de campanha, a retirada dos 169 leitos de UTI do estado, nossa saúde é que está precisando ser cuidada e não serem fechados os estabelecimentos como bares, restaurantes e similares”, argumentou.
“Desde o início da pandemia mais de 3 mil trabalhadores ficaram desempregados, alguns estavam recebendo seguro-desemprego, auxílio-emergencial e hoje não tem mais, e infelizmente quando a gente começa a retomada do nosso trabalho, ele [governador] vem novamente com novos decretos, aceitamos funcionar até meia-noite, aceitamos funcionar até 23 horas, até as 22 horas, mas agora ele quer que a gente funcione somente até as 20 horas com lockdown nos finais de semana, isso é inadmissível, o governo tem que administrar a nossa saúde e fechar as festas clandestinas”, finalizou.
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