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Economia e Negócios

Passagens aéreas devem ficar 10% mais caras no Brasil

Isenção da bagagem até 23kg resultará em aumento dos preços das passagens de maneira generalizada.

Ao contrário do que se poderia imaginar, as ações das companhias aéreas tiveram alta no início da tarde de ontem, após os analistas de mercado digerirem o retorno do despacho gratuito de malas pela Câmara dos Deputados. Segundo uma fonte do setor, eles fizeram contas: a isenção resultará em aumento dos preços das passagens de maneira generalizada e numa melhoria da rentabilidade das empresas do setor. Em sua estimativa, a alta ficaria por volta de 10%, em média.

Hoje, se 30% dos passageiros levam bagagens, apenas essa parcela paga pelo peso a mais, que faz o avião consumir combustível extra. Caso o transporte de bagagens seja isento de tarifas, as aéreas farão um aumento médio generalizado, como se 40% ou 50% dos passageiros fossem levar suas malas. Na verdade, quem viaja sem peso, vai pagar o transporte da mala de outras pessoas, afirma a fonte. “Não há a menor chance de um setor que teve prejuízo de R$ 27 bilhões, nos últimos três anos, viveu uma pandemia e vive uma alta de combustíveis pela guerra, absorva qualquer tipo de custo extra”, diz.

Projeto é encarado como benefício e não penalização ao setor

Por isso, o projeto não vem sendo encarado como uma penalização ao setor – e sim como um benefício. Outro ganho às aéreas presentes no País é que a isenção das bagagens é um dos principais inibidores à entrada de concorrentes estrangeiros – especialmente as empresas low cost. Ou seja: o mercado permaneceria fechado aos mesmos participantes.

Caso o projeto passe pelo Senado, o Brasil se juntará aos três países no mundo que adotam a isenção de bagagens: Venezuela, Cuba e China. Para a fonte, o setor esperava a iniciativa, já que o ano eleitoral costuma trazer medidas populistas e sem sentido econômico.

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