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Partido dos trabalhadores realiza convenção em São Paulo

Mesmo preso e condenado na Lava Jato, Lula deve ser oficializado como candidato ao Planalto no dia 4 de agosto, em encontro nacional do PT.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma carta para que fosse lida neste sábado (28) durante a convenção estadual do partido na capital paulista. No texto, o petista diz que houve “um golpe dentro do golpe com a intenção de tirá-lo das eleições em que é favorito”.

Segundo ele, há representantes do atual governo federal que articularam seu afastamento, mas “não são dignos”. "Não nos representam e não conseguirão nos derrotar”, destacou aos militantes. Lula reforçou a inexistência de provas em sua condenação.

Em seguida, a carta diz que, no dia de hoje, o foco é São Paulo, Estado em que “também estão profundamente fincadas as raízes do PT”. Ao final, o petista reforçou as candidaturas do ex-prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, ao governo estadual, além de Gilmar Tato e Eduardo Suplicy, ao Senado. “Venceremos com Marinho, Jilmar Tatto, Suplicy e a força do povo” .

  • Foto: Júlio Zerbatto/Futura Press/Estadão ConteúdoPartido dos trabalhadores realiza convenção estadual em São PauloPartido dos trabalhadores realiza convenção estadual em São Paulo

Mesmo preso e condenado na Lava Jato, Lula deve ser oficializado como candidato ao Planalto no dia 4 de agosto, em encontro nacional do PT na capital paulista. O partido organiza um evento com a militância para registrar a candidatura do ex-presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, no dia 15 de agosto.

O ex-prefeito de São Paulo e coordenador do programa de governo do PT para a Presidência, Fernando Haddad, chegou por volta das 9h40 à convenção estadual do partido realizada na manhã deste sábado, 28, na capital paulista.

Durante sua fala, Haddad não assumiu protagonismo como alternativa de candidato à Presidência, na eventual ausência de Lula. Há rumores de que o ex-prefeito esteja agindo nos bastidores neste sentido, porém, de maneira sutil. A simples presença de Haddad na conferência e sua ação como principal interlocutor de Lula seriam sinais de que o ex-prefeito poderia ser uma segunda aposta do partido.

Haddad afirmou, também, que o Estado deve buscar uma alternativa para o PSDB nas próximas eleições. “Precisamos quebrar o período de 24 anos de um governo paulista que não entrega”, disse, referindo-se à gestão tucana. O evento tem como objetivo a confirmação do nome do ex-prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, como candidato ao governo.

O ex-prefeito da capital criticou o curto período em que João Dória permaneceu à frente da cidade e disse que o “o PT precisa vingar o povo paulistano que aguentou cortes na cultura e educação por um ano”. “Marinho, me prometa que vai vencer João Dória e tirar os tucanos do poder”, pediu o petista.

Com uma eventual vitória do PT no Estado, Haddad afirma que São Paulo terá uma renovação na maneira de ser gerido, algo que, segundo ele, seria necessário após tanto tempo com um único partido na liderança. “Não achamos que São Paulo é melhor que outros Estados, mas temos que recuperar a vanguarda”, finalizou.

O evento também tem a função de ato em prol da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Cartazes espalhados pelas paredes pedem "Lula livre". 'Apesar dos 77 anos, tenho energia total para apoiar nossos candidatos', diz Suplicy

Durante discurso na convenção estadual do PT, o ex-senador e candidato ao Senado, Eduardo Suplicy, destacou que apesar dos seus 77 anos, ele ainda conta com "energia total para apoiar os candidatos" do partido. Em coro com os militantes, Suplicy clamou pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva através do jargão "Lula livre" e declarou seu apoio à candidatura de Lula para a Presidência, paralela à corrida pelo governo do Estado pleiteada pelo ex-prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho.

Suplicy também criticou a gestão do ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), tucano que é o principal concorrente de Marinho ao governo do Estado. "Fui honrado pelo prefeito Fernando Haddad para cuidar dos direitos humanos na cidade e acompanhei o que acontecia nas ruas. Agora, é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) quem traz a informação: a pobreza aumentou em 35% em São Paulo enquanto Doria era líder", argumentou. "Temos que reverter isso", acrescentou.

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