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Conclave: veja quem são os cardeais com mais chances de assumir o papado

O Italiano Pietro Parolin, filipino Luis Tagle e outros nomes despontam como favoritos como novo papa.

Na próxima quarta-feira (7), a Igreja Católica dará início ao Conclave, o processo sigiloso de escolha do novo papa. Apenas cardeais com menos de 80 anos podem votar, sendo 133 eleitores aptos entre líderes religiosos experientes.

Entre os chamados “papabili” — nome dado aos cardeais considerados com chances reais de serem eleitos —, quinze se destacam, segundo fontes do Vaticano. O GP1 reuniu os nomes mais cotados com base em informações divulgadas pela imprensa internacional e especialistas em assuntos do Vaticano.

Favoritos à sucessão de Francisco

O principal nome cotado é o do cardeal italiano Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano e considerado o "número dois" na hierarquia eclesiástica durante todo o pontificado de Francisco. Com quase 40 anos de atuação na diplomacia da Santa Sé, Parolin é visto como uma opção de continuidade e estabilidade. Apesar da forte influência interna e do alinhamento com Francisco, Parolin nunca exerceu funções pastorais diretas nem administrou uma diocese, o que pode pesar contra sua candidatura.

Outro forte candidato é o cardeal filipino Luis Antonio Tagle, apelidado de “o Francisco asiático” por seu perfil humilde, carisma e proximidade com os mais pobres. Alinhado à linha mais progressista da Igreja, Tagle representaria a continuidade das reformas de Francisco.

Entretanto, sua gestão à frente da Caritas Internacional enfrentou problemas administrativos que podem enfraquecer seu nome. Além disso, sua origem filipina com ascendência chinesa levanta cautela entre os cardeais devido às delicadas relações da Igreja com o governo chinês.

Outros nomes entre os papáveis

Também figuram nas listas de possíveis sucessores nomes como:

Jean-Marc Aveline (França)

Mario Grech (Malta), secretário do Sínodo dos Bispos

José Tolentino de Mendonça (Portugal)

Robert Francis Prevost (Estados Unidos)

Arthur Roche (Reino Unido)

Todos são vistos como alinhados ao pontificado atual e defensores da continuidade das reformas iniciadas por Francisco.

E se o conclave quiser um nome conservador?

Embora especialistas considerem improvável uma guinada conservadora, essa possibilidade não é descartada. Caso os cardeais optem por um perfil mais tradicionalista, o nome mais citado é o do cardeal Fridolin Ambongo, da República Democrática do Congo. Com 65 anos, arcebispo de Kinshasa desde 2018 e cardeal desde 2019, Ambongo é um dos principais representantes da ala conservadora no Vaticano. É membro do “C9”, o grupo de cardeais que assessora diretamente o Papa na reforma da Igreja.

Outro nome de peso entre os conservadores é o do cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova York. Com perfil midiático, presença ativa nas redes sociais e posições firmes contra o aborto, Dolan é considerado influente e popular. Ele também coordenou, entre 2002 e 2009, ações contra a pedofilia na diocese de Milwaukee (EUA).

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