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Internacional

EUA convocam diplomata na Colômbia após Gustavo Petro acusar conspiração de golpe

Os parlamentares citados negaram qualquer envolvimento, classificando as acusações como “invenções”.

O secretário de Estado Americano, Marco Rubio, convocou nesta quinta-feira (03) para consultas urgentes o chefe da missão diplomática de Washington na Colômbia, John McNamara. A medida foi uma resposta direta às denúncias do presidente colombiano, Gustavo Petro, que afirmou haver um suposto complô com apoio americano para retirá-lo do poder.

“O secretário de Estado, Marco Rubio, convocou John T. McNamara, encarregado de Negócios interino da Embaixada dos Estados Unidos na Colômbia, para consultas urgentes em Washington após declarações infundadas e repreensíveis das mais altas esferas do governo colombiano”, informou o Departamento de Estado dos EUA, em comunicado oficial.

O governo de Donald Trump também sinalizou que pretende adotar “outras medidas para deixar clara sua profunda preocupação com o estado atual” da relação bilateral. Apesar das divergências, o comunicado reforçou que a Colômbia “continua sendo um parceiro estratégico essencial” e destacou a intenção de manter cooperação em áreas prioritárias, como segurança e estabilidade regional.

Foto: Fotografía Oficial de la Presidencia de ColombiaGustavo Petro, presidente da Colômbia
Gustavo Petro, presidente da Colômbia

As acusações de Petro vieram a público na quarta-feira (02), segundo o presidente colombiano, haveria um plano para promover um golpe de Estado, com articulação de seu ex-chanceler, Álvaro Leyva, e interlocutores do Partido Republicano, legenda de Trump. Reportagem do jornal El País revelou que Leyva, um político conservador de 82 anos, teria se reunido há cerca de dois meses, nos EUA, com o congressista Mario Díaz-Balart, e tentado encontro com o legislador Carlos Giménez, ambos representantes da Flórida.

Ainda segundo a denúncia, Leyva buscava “pressão internacional” contra Petro, com o objetivo de destituí-lo e colocar a vice-presidente, Francia Márquez, no comando do país. Os parlamentares citados, no entanto, negaram qualquer envolvimento, classificando as acusações como “invenções”. O episódio se soma a uma série de atritos recentes entre Bogotá e Washington, visto que em janeiro, o governo Trump chegou a impor sanções à Colômbia em retaliação à recusa de Petro em aceitar a deportação de imigrantes ilegais, contudo, o governo colombiano acabou voltando atrás na decisão após repercussão negativa e potencial impacto econômico.

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