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Caxias - Maranhão

Pastor pode ter sido morto por queima de arquivo, diz delegado Jair Paiva

O delegado informou que recebeu relatório do DHPP de Teresina e já deu prosseguimento às investigações.

A Delegacia de Homicídios de Caxias recebeu o relatório de missão do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Teresina, para dar prosseguimento às investigações sobre a morte do pastor Carlos Alberto Oliveira e Silva Júnior e o corretor de veículos Raí Rodrigues Lima, assassinados no dia 12 de janeiro de 2022, em Caxias, no Maranhão.

Em entrevista ao GP1 na manhã desta quarta-feira (02), o delegado Jair Paiva, titular da Delegacia de Homicídios de Caxias, informou que o relatório já foi analisado e que as investigações estão em andamento. “Eu recebi o relatório do DHPP de Teresina e já analisamos. É um relatório bem extenso, já tomamos algumas providências, as investigações estão andando. Estou trabalhando nisso, inclusive fazendo algumas representações”, ressaltou o delegado Jair Paiva.

O delegado Jair Paiva revelou que a dinâmica do crime aponta para a possibilidade do corretor de veículos Raí Rodrigues ter sido o alvo principal dos criminosos e que o pastor Carlos Alberto pode ter sido assassinado como uma “queima de arquivo”. “Isso só vai ficar bem esclarecido ao final das investigações, quando se identificar os suspeitos, e entender a motivação, mas eu acho que pela dinâmica dos fatos que aconteceram, que antecederam a morte deles, o alvo seria só um, o corretor. O encontro foi marcado com ele, somente com ele. Nada foi programado, foi tudo aleatoriamente, o pastor foi chamado aleatoriamente”, explicou o titular da Delegacia de Homicídios de Caxias.

Carro possuía registro de apropriação indébita

O delegado Jair Paiva informou que os primeiros levantamentos realizados pela Polícia Civil apontaram que o veículo modelo Gol, que estava em posse de Raí Rodrigues quando ele e o pastor desapareceram, possuía registro de apropriação indébita. "O que sabemos até o momento é que o veículo que o corretor disse que iria vender, tinha registro de apropriação indébita, ou seja, ele havia sido locado e nunca foi devolvido. Até o momento não conseguimos localizar o carro", ressaltou o delegado.

O delegado Jair Paiva revelou ainda que Raí Rodrigues tinha conhecimento da irregularidade do veículo. “O veículo tinha sido retirado na locadora por outra pessoa e foi repassado para ele. Aparentemente o corretor vivia disso, vendendo carros com irregularidades”, finalizou o delegado Jair Paiva.

O desaparecimento

O pastor Carlos Alberto Oliveira e Silva Júnior e o corretor de veículos Raí Rodrigues Lima estavam desaparecidos desde a noite do dia 11 de janeiro, quando saíram para entregar um veículo a um comprador no bairro Aeroporto, zona norte de Teresina.

Foto: Reprodução/WhatsAppCarlos Alberto e Raí
Carlos Alberto e Raí

Segundo a família, Carlos Alberto é pastor da Igreja pentecostal IDE e estava em um jantar em família no bairro Pedra Mole, quando Raí Rodrigues chegou por volta das 21h e convidou o pastor para ir entregar um carro modelo Gol a um homem que teria comprado o automóvel.

Os dois saíram para a entregar o carro e ficaram de voltar para a casa de Uber, já que eles moram na mesma região da Capital, mas eles não voltaram para casa.

Corpo do pastor e corretor foram localizados em Caxias

A Polícia Civil do Maranhão encontrou, no dia 20 de janeiro de 2022, os corpos do Pastor Carlos Alberto Oliveira e Silva Júnior e do corretor de veículos Raí Rodrigues Lima, que estavam desaparecidos há nove dias, em estado avançado de putrefação, nas margens da MA-034, no município de Caxias, no Maranhão.

Os corpos foram encontrados por volta das 9h da manhã por um morador em um matagal. No bolso da vestimenta de um dos corpos foi encontrada a cédula de identidade do pastor. Os corpos foram levados para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Timon e foram reconhecidos pelas famílias das vítimas.

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