O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou, neste domingo (16), que tem "estoque suficiente" de bombas de fragmentação. O líder do país afirmou que caso a Ucrânia utilize os mesmos armamentos recebidos pelos Estados Unidos, vai bombardear o país vizinho.

"Claro, se elas forem usadas contra nós, nos reservamos o direito de tomar medidas recíprocas", disse Putin, durante uma entrevista à TV estatal russa.

No início deste mês, os EUA confirmaram que enviaram milhares de bombas de fragmentação às tropas ucranianas, que afirmaram que irão usá-las para desalojar soldados inimigos. As armas desse tipo já são utilizadas pelos dois lados do conflito, porém existe um temor de que o acesso a esse tipo de munição acabe afetando severamente os civis.

As bombas têm um poder de destruição enorme, pois ao explodirem, lançam projéteis em alta velocidade e a grandes distâncias, provocando morte e ferimentos a muitas pessoas em uma grande área. Por esse motivo, são proibidas em mais de 100 países.

A entrevista de Putin foi uma mensagem clara sobre o envio de caças F-16 a Ucrânia e também ao anúncio feito pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em que ele pediu a coalizão de 11 nações para treinar pilotos do país. Putin acredita que a atitude é vista como uma "ameaça nuclear".