Um ataque aéreo atingiu a seção consular da embaixada do Irã em Damasco, na Síria, na segunda-feira (01), resultando na morte de pelo menos cinco pessoas, incluindo um comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, segundo a televisão estatal de Teerã. O bombardeio foi atribuído a Israel.

O general de brigada Mohamad Reza Zahedi, um dos altos comandantes da Força Quds, foi morto no ataque. A emissora de televisão referiu-se a ele como um mártir, vítima do ataque de combatentes do regime sionista contra o prédio do consulado da República Islâmica do Irã em Damasco.

Ainda não está claro o número exato de vítimas. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, uma ONG com sede no Reino Unido, outros cinco membros da guarda foram mortos, além do chefe regional da Força Quds. A agência oficial de notícias síria Sana mencionou anteriormente um ataque israelense que teve como alvo o prédio do consulado iraniano no bairro de Mazeh, em Damasco.

Repórteres da Reuters no local viram fumaça subindo dos escombros de um prédio e veículos de emergência estacionados do lado de fora. Uma bandeira iraniana estava pendurada em um mastro, na frente dos destroços, e os ministros das Relações Exteriores e do Interior da Síria foram vistos no local.

O chanceler sírio, Faisal Mekdad, condenou veementemente o ataque. “O inimigo israelense lançou ataques aéreos das Colinas de Golã sírias ocupadas em direção ao prédio do consulado iraniano em Damasco”, afirmou sua pasta em um comunicado. “O ataque destruiu todo o prédio, matando ou ferindo todos que estavam dentro.” Israel, que tem atingido alvos iranianos desde o início da guerra em Gaza, em outubro, recusou-se a comentar o incidente.

O bombardeio tem o potencial de escalar os conflitos no Oriente Médio. O porta-voz da chancelaria do Irã afirmou que seu país tem o direito de tomar ações recíprocas contra o ataque israelense em Damasco em seu consulado, segundo a mídia estatal. “Teerã decidirá sobre o tipo de resposta e punição contra o agressor”, disse Nasser Kanaani.